Dengue vira ameaça constante nos EUA: o que isso significa para o futuro?
Dengue pode virar doença comum nos EUA

Imagine acordar num mundo onde a dengue não é mais uma "doença tropical" distante, mas uma realidade no seu quintal. Pois é, os Estados Unidos estão se preparando exatamente para isso — e a coisa é séria.

Segundo fontes do CDC (Centros de Controle de Doenças), o país já registrou mais casos em 2024 do que em todo o ano passado. E olha que nem chegamos no verão, época perfeita para o mosquito Aedes aegypti fazer a festa.

Por que agora?

Três fatores estão virando o jogo:

  • Mudança climática: Invernos mais quentes = mosquitos sobrevivendo onde antes morriam
  • Viagens internacionais: Pessoas trazendo o vírus de áreas endêmicas
  • Falta de imunidade: População nunca exposta = campo fértil para surtos

"É como se tivéssemos montado uma mesa de buffet para o vírus", brinca (sem graça) um epidemiologista de Miami, cidade que já vive surtos locais.

O novo normal?

Autoridades de saúde já falam abertamente em "endemização" — aquele termo técnico que significa "se acostume, porque veio pra ficar". E aí, como fica?

Algumas medidas em discussão:

  1. Monitoramento constante (não só nos surtos)
  2. Campanhas de prevenção o ano todo
  3. Preparação dos hospitais para casos graves
  4. Pesquisas aceleradas em vacinas e tratamentos

Mas tem um porém: convencer americanos a se preocuparem com mosquitos no inverno não vai ser mole. Afinal, quem pensa em dengue quando está 5°C lá fora?

Enquanto isso, no Brasil — onde sabemos bem o que é lidar com isso —, a situação serve de alerta. Se até os EUA, com toda sua estrutura, estão se preparando para o pior, talvez seja hora de repensarmos nossas próprias estratégias.

Uma coisa é certa: o mapa das doenças infecciosas está mudando rápido. E dessa vez, nem os países ricos escapam ilesos.