Pela primeira vez em mais de uma década, o Brasil registrou um aumento no número de fumantes, segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde. O levantamento, que monitora a prevalência do tabagismo no país desde 2007, aponta uma reversão na tendência de queda que vinha sendo observada nos últimos anos.
Os números mostram que, após anos de políticas públicas bem-sucedidas no combate ao tabagismo, o país enfrenta um novo desafio na área da saúde pública. Especialistas alertam para os riscos desse crescimento, já que o cigarro está diretamente relacionado a diversas doenças crônicas e mortes evitáveis.
O que os dados revelam?
O relatório do Ministério da Saúde traz informações detalhadas sobre o perfil dos fumantes no Brasil, incluindo faixa etária, gênero e distribuição geográfica. Entre os fatores que podem ter contribuído para esse aumento estão:
- Mudanças nos hábitos sociais pós-pandemia
- Maior acesso a produtos alternativos de nicotina
- Redução no impacto das campanhas antitabagistas
Impactos na saúde pública
O tabagismo continua sendo uma das principais causas de doenças cardiovasculares, respiratórias e diversos tipos de câncer. O aumento no número de fumantes pode representar um retrocesso nas conquistas alcançadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no tratamento dessas condições.
Autoridades de saúde já discutem novas estratégias para conter esse crescimento, incluindo a possibilidade de intensificar campanhas educativas e reforçar a fiscalização sobre a venda de produtos tabagistas.
