Idosos com confusão mental: saiba por que é urgente buscar ajuda médica
Confusão mental em idosos: quando virar o sinal de alerta

Imagine seu avô, sempre tão lúcido, de repente falando coisas sem sentido, desorientado no próprio quarto. Não é "coisa da idade" — pode ser confusão mental aguda, uma emergência médica que muitos subestimam.

Segundo especialistas da Santa Casa de Misericórdia, esse quadro — tecnicamente chamado de delirium — surge de repente, como um raio em céu azul. E aqui vai o pulo do gato: em 48% dos casos, há risco de morte se não tratado a tempo.

Sinais que gritam por atenção

  • Desorientação temporal (não saber que dia é hoje)
  • Mudanças bruscas de humor — do sorriso ao choro em segundos
  • Dificuldade para acompanhar conversas simples
  • Alucinações (ver pessoas ou objetos que não existem)

"A família costuma achar que é demência ou efeito colateral de remédios", explica Dra. Renata Vasconcelos, geriatra com 20 anos de experiência. "Mas enquanto a demência é uma ladeira, o delirium é um tombo — aparece do nada e precisa de socorro imediato."

As causas mais comuns

Não existe causa única. Pode ser desde uma simples infecção urinária (sim, isso mesmo!) até problemas graves como AVC ou desidratação severa. A lista inclui:

  1. Infecções (pulmonares, urinárias ou generalizadas)
  2. Mudança brusca de ambiente (como internação hospitalar)
  3. Efeito colateral de medicamentos
  4. Desequilíbrios metabólicos

Curiosamente, idosos que usam vários remédios são os mais vulneráveis. "Às vezes basta um novo comprimido para desencadear o caos cerebral", alerta a médica.

O que fazer na crise?

Primeiro: mantenha a calma (mais fácil falar do que fazer, eu sei). Depois:

  • Não discuta com a pessoa — ela realmente acredita no que está vivenciando
  • Garanta segurança física (retire objetos perigosos do ambiente)
  • Verifique se há febre ou sinais de dor
  • Leve ao médico no mesmo dia — cada hora conta

Um dado assustador: 30% dos idosos com delirium não voltam ao estado mental anterior. Por isso a pressa é crucial — como dizem os médicos, "tempo é cérebro".

Ah, e esqueça aquela história de "vamos esperar para ver se melhora". Nesses casos, esperar pode custar caro — literalmente a vida do paciente.