Um tipo de acidente vascular cerebral que passa despercebido pela maioria das pessoas é muito mais comum do que se imaginava. Conhecido como AVC silencioso, essa condição é dez vezes mais frequente do que os derrames sintomáticos e representa uma ameaça significativa para a saúde cerebral a longo prazo.
O perigo invisível que ameaça o cérebro
Diferente do AVC tradicional, que apresenta sintomas claros como dificuldade para falar, perda de força em um lado do corpo ou alterações na visão, o AVC silencioso ocorre sem sinais evidentes. A pessoa pode ter um derrame cerebral sem nem mesmo perceber, mas os danos estão acontecendo.
Como o AVC silencioso afeta a cognição
Os pequenos coágulos que caracterizam o AVC silencioso bloqueiam vasos sanguíneos menores no cérebro, causando microlesões que se acumulam com o tempo. Esse processo gradual pode levar a:
- Declínio cognitivo progressivo
- Problemas de memória
- Dificuldades de raciocínio
- Demência vascular
- Alterações no comportamento
Por que o diagnóstico precoce é crucial
Muitas pessoas só descobrem que tiveram um AVC silencioso quando fazem exames de imagem do cérebro por outros motivos. As pequenas lesões aparecem como pequenas manchas brancas na ressonância magnética, indicando áreas onde o tecido cerebral foi danificado pela falta de oxigênio.
Fatores de risco que exigem atenção
Alguns grupos estão mais vulneráveis ao AVC silencioso. Os principais fatores de risco incluem:
- Hipertensão arterial não controlada
- Diabetes mal gerido
- Colesterol elevado
- Tabagismo
- Histórico familiar de AVC
- Idade avançada
Prevenção: a melhor estratégia
A boa notícia é que 80% dos casos de AVC podem ser prevenidos através de medidas simples no estilo de vida. Controlar a pressão arterial, manter uma alimentação equilibrada, praticar exercícios regularmente e evitar o cigarro são medidas fundamentais para proteger o cérebro.
O acompanhamento médico regular é essencial, especialmente para pessoas com fatores de risco. Exames de rotina podem identificar problemas antes que causem danos irreversíveis ao cérebro.