Semana do Bebê: Especialistas Alertam Sobre os Perigos do Excesso de Telas na Primeira Infância
Semana do Bebê alerta sobre riscos das telas para crianças

Você já parou pra pensar quantas horas seu bebê passa vidrado naquele tablet ou celular? Pois é, a coisa tá mais séria do que a gente imagina. Durante a Semana do Bebê, que rola em agosto, especialistas botaram o dedo na ferida: telas antes dos 3 anos podem atrapalhar — e muito — o desenvolvimento dos pequenos.

O que dizem os especialistas

"É como dar açúcar refinado pro cérebro em formação", compara a pediatra Dra. Ana Lúcia Mendes, que participou do evento em São Paulo. Segundo ela, os estímulos rápidos das telas criam uma espécie de "vício" neurológico — a criança fica irritada quando desligam o desenho, perde o interesse por brincadeiras tradicionais e pode até ter atrasos na fala.

Dados assustadores apresentados no evento:

  • Bebês com menos de 18 meses expostos a telas têm 3x mais chances de desenvolver distúrbios de atenção
  • O tempo ideal? Zero. Mas se for inevitável, no máximo 20 minutos por dia — e sempre com supervisão
  • O pior horário? Antes de dormir. A luz azul bagunça o sono como cafezinho pra recém-nascido

E agora, o que fazer?

Calma, ninguém tá dizendo pra jogar seu smartphone no lixo. Mas dá pra dosar melhor:

  1. Troque o YouTube pela janela — observar pássaros desenvolve muito mais a curiosidade
  2. Crie zonas livres de tecnologia — principalmente no quarto e na hora das refeições
  3. Seja o exemplo — difícil exigir que a criança desligue se você vive grudado no WhatsApp

"A gente sabe que é tentador usar a telinha como babá eletrônica", reconhece o psicólogo infantil Carlos Drummond. "Mas o preço que se paga depois é alto demais." Ele sugere alternativas simples: "Uma colher de pau e panelas velhas entretêm mais que desenho animado — e ainda estimulam a criatividade."

Pra quem acha exagero, um dado curioso: na Coreia do Sul — país mais conectado do mundo — já existem "clínicas de detox digital" para crianças viciadas. Será que queremos esse futuro pros nossos filhos?