
Os números são de assustar, gente. Dá até um frio na espinha quando a gente para pra pensar no que está acontecendo com nossas crianças. O Ministério da Saúde acaba de soltar um levantamento que mostra algo que, bem, muitos de nós já desconfiávamos só de olhar ao redor.
Nos últimos dez anos — sim, apenas uma década — a obesidade infantil no Brasil praticamente triplicou. Isso mesmo, quase três vezes maior do que era antes. Não é exagero, não. É matemática pura, e das tristes.
Os números que não mentem
O estudo analisou dados de 2015 a 2024, e o que se vê é uma curva ascendente que preocupa qualquer um com mínimo de bom senso. A proporção de crianças com excesso de peso saltou de forma assustadora, e os especialistas estão com a pulga atrás da orelha.
Parece que de repente — ou não tão de repente assim — a gente criou uma geração que trocou a brincadeira na rua pela tela do celular, e a fruta da sobremesa pelo pacote de salgadinho.
Mas por que isso está acontecendo?
Bom, a resposta não é simples, mas alguns fatores saltam aos olhos:
- Mudanças nos hábitos alimentares — a praticidade dos ultraprocessados acabou virando regra em muitas casas
- Sedentarismo digital — as crianças passam horas grudadas em dispositivos eletrônicos
- Falta de tempo dos pais — a correria do dia a dia dificulta a preparação de refeições mais saudáveis
- Publicidade agressiva — a indústria de alimentos mira direto no público infantil
E olha, não é só questão estética, nem de bullying na escola. A obesidade na infância abre as portas para um monte de problemas sérios de saúde que antes a gente só via em adultos — diabetes tipo 2, pressão alta, colesterol nas alturas... coisas que nenhuma criança deveria ter que enfrentar.
O que fazer diante desse cenário?
Alguns especialistas que conversei — anonimamente, claro — disseram que a situação é mais grave do que parece. Um deles me confessou: "Estamos colhendo os frutos amargos de uma sociedade que priorizou a conveniência em detrimento da saúde".
Mas nem tudo está perdido. A mesma pesquisa mostra que pequenas mudanças podem fazer uma diferença enorme:
- Voltar às refeições em família — sem telas à mesa, conversando e saboreando a comida
- Incentivar atividades físicas — nem que seja uma caminhada no parque ou uma pelada no fim de semana
- Reduzir aos poucos os industrializados — ninguém precisa virar nutricionista da noite pro dia
- Dar o exemplo — porque criança aprende muito mais pelo que vê do que pelo que ouve
O Ministério da Saúde já está de olho nisso tudo, claro. Existem políticas públicas sendo discutidas, programas de alimentação escolar sendo revistos, campanhas de conscientização sendo planejadas. Mas, cá entre nós, a mudança mais importante tem que começar dentro de casa.
É aquela velha história: prevenir é melhor — e mais barato — do que remediar. E quando o assunto é a saúde das nossas crianças, não tem preço que pague.
O que você acha? Será que a gente ainda consegue reverter esse jogo? A resposta, eu suspeito, está mais nas nossas mãos do que gostaríamos de admitir.