Juiz de Fora em Alerta: Obesidade Infantil Aumenta Mais de 10 Vezes em Uma Década
Obesidade infantil em Juiz de Fora: aumento de 10x

Os números são de assustar qualquer um — e não, não é exagero. Juiz de Fora vive hoje um cenário que muitos especialistas já classificam como epidêmico: o número de crianças e adolescentes acima do peso aumentou mais de dez vezes nos últimos dez anos. Dez vezes! Parece até erro de digitação, mas infelizmente não é.

O que era uma preocupação pontual virou, literalmente, um peso na saúde pública da cidade. Dados recentes mostram que a quantidade de jovens com excesso de peso saltou de meros 139 casos em 2013 para assustadores 1.575 em 2023. Alguém ainda duvida que estamos diante de uma crise?

Mudanças na alimentação e no estilo de vida

Ah, a comodidade dos tempos modernos… Quase poética, até a gente perceber o custo. A verdade é que a praticidade dos ultraprocessados, somada às horas intermináveis em frente às telas, criou uma tempestade perfeita. As crianças não só comem pior — elas se movimentam menos, e o resultado está aí, estampado na balança e, mais grave ainda, nos prontuários médicos.

Não se engane: isso vai muito além da estética. Estamos falando de diabetes tipo 2 aparecendo em adolescentes, pressão alta onde antes era raríssima, colesterol nas alturas… Doenças que eram "coisa de adulto" agora são parte da realidade infantil. É de cortar o coração.

E as famílias? E as escolas?

Bom, a pergunta que não quer calar: de quem é a culpa? Das indústrias que empurram comida cheia de açúcar? Dos pais que, na correria, recorrem ao que é rápido? Das escolas que ainda permitem cantinas cheias de porcarias? A resposta, convenhamos, é todas as anteriores.

Mudar esse jogo exige esforço coletivo — e olha, não vai ser fácil. Requer políticas públicas sérias, conscientização que vá além do discurso e, claro, uma reorganização da rotina das famílias. Mas é possível. Tem cidade por aí que já mostrou que é.

O recado, no fim das contas, é claro: ignorar esses números é assumir um risco enorme com o futuro das nossas crianças. A hora de agir era ontem — mas ainda dá tempo de virar esse jogo.