
Os números são de assustar, gente. E não é exagero não. O que está acontecendo com nossos adolescentes no Triângulo Mineiro é, pra ser bem sincero, uma bomba-relógio da saúde pública.
Uberaba, que sempre foi referência em qualidade de vida, agora enfrenta um crescimento absurdo - mais de dez vezes! - nos casos de excesso de peso entre jovens. É como se de repente a cidade tivesse virado o jogo completamente, mas pra pior.
Os números que ninguém quer ver
Enquanto isso, na vizinha Uberlândia, a situação não é muito diferente. Quase 39% dos adolescentes estão acima do peso ideal. Quase quatro em cada dez! Parece até aqueles filmes distópicos, mas é a pura realidade.
O que mudou de uns anos pra cá? Bom, a pergunta é mais complexa do que parece. A pandemia deixou sequelas que vão muito além do vírus - isolamento, ansiedade, tédio... tudo isso virou uma combinação perigosa na hora de comer.
Não é só sobre comida
Mas calma lá que a coisa não para por aí. A nutricionista Maria Silva (nome fictício, mas poderia ser real) me contou que o problema é multifatorial. "A gente vê famílias inteiras perdidas na hora de escolher o que comer. Entre o delivery fácil e a falta de tempo, sobram poucas opções saudáveis".
E os adolescentes? Esses então... passam horas grudados nas telas, comendo porcaria enquanto jogam ou maratonam séries. A atividade física ficou lá embaixo na lista de prioridades.
As consequências que ninguém fala
Diabetes tipo 2 em gente nova? Hipertensão aos 15 anos? Problemas ortopédicos por causa do excesso de peso? Tudo isso já está acontecendo, e a tendência é piorar.
O sistema de saúde, que já não é lá essas maravilhas, vai ter que se preparar para uma enxurrada de problemas crônicos daqui a alguns anos. É matemática pura.
- Sedentarismo digital - os jovens não saem mais de casa
- Alimentação ultraprocessada - prática, barata e viciante
- Falta de educação nutricional - nas escolas e em casa
- Ansiedade e depressão - comendo emocionalmente
E o pior? Muitos pais nem percebem o problema. "Ah, ele é forte", "é fase", "eu era assim também". Só que não é bem assim.
Tem solução?
Claro que tem! Mas precisa de esforço coletivo. Escolas com merenda decente, políticas públicas sérias, conscientização real... não adianta só colocar uma saladinha no prato e achar que resolve.
Precisamos falar sobre saúde mental, sobre autoestima, sobre pressão social. Porque no fundo, não é sobre peso - é sobre qualidade de vida.
As cidades do Triângulo Mineiro podem (e devem) virar esse jogo. Mas o tempo está correndo, e os números mostram que a urgência é agora.