
Era uma manhã de terça-feira comum em Natal — até que o telefone do Conselho Regional de Medicina (CRM-RN) tocou com uma denúncia que faria os médicos saírem correndo para o Hospital Pediátrico. Algo estava muito errado na ala dos bebês prematuros.
Segundo relatos que chegaram ao CRM, leitos de UTI neonatal simplesmente... sumiram. Não por falta de espaço físico, mas por uma decisão administrativa que deixou dezenas de famílias em pânico. "Cheguei com meu filho de 1,2kg e me disseram que não havia vaga", contou uma mãe que preferiu não se identificar — a voz ainda trêmula de revolta.
Fiscalização a todo vapor
Os fiscais do CRM não perderam tempo. Chegaram ao hospital com uma lista de perguntas incômodas e um olhar atento para cada cantinho da unidade. Queriam entender:
- Quantos leitos foram desativados?
- Qual o motivo real por trás da medida?
- Onde estão sendo encaminhados os recém-nascidos críticos?
"Quando se trata de vidas tão frágeis, não há margem para erros", disparou o presidente do conselho, Dr. Marcos Aurélio, enquanto conferia a temperatura de uma incubadora vazia. A cena dava arrepios.
O outro lado da história
Procurada, a direção do hospital alegou "readequação de fluxo" devido à falta de profissionais especializados. Um problema crônico no RN, que agora bate à porta da Justiça. O Ministério Público já abriu investigação — e promete cobrar explicações detalhadas.
Enquanto isso, nas redes sociais, as hashtags #SOSUTIneonatal e #Natalpelosbebês viralizam. Até celebridades locais entraram na onda, pressionando por soluções imediatas. Afinal, como dizia uma enfermeira que trabalha há 15 anos na maternidade: "Bebê não espera vaga no calendário".