Brasil volta ao topo do ranking de países com crianças sem vacinação: um alerta vermelho
Brasil entre piores em vacinação infantil

Não é exagero dizer que o Brasil está dando um passo gigantesco... para trás. Depois de anos de progresso, o país voltou a figurar entre os piores do mundo quando o assunto é vacinação infantil. E olha que não estamos falando de qualquer ranking – é aquele que ninguém quer estar.

Os números são de cortar o coração: segundo levantamentos recentes, mais de meio milhão de pequenos brasileiros estão completamente desprotegidos contra doenças que já deveriam ter virado história. Coisas como sarampo, poliomielite, difteria – você sabe, aquelas velhas conhecidas que seus avós temiam.

O que deu errado?

Pergunta de um milhão de dólares. Especialistas apontam um coquetel explosivo: fake news mais criativas que roteiro de novela, desmonte de programas públicos e – vamos combinar? – uma certa preguiça coletiva de ir até o posto de saúde.

"É como se tivéssemos esquecido o que é ver uma criança morrendo de coqueluche", dispara a Dra. Ana Lúcia, pediatra com 30 anos de experiência. Ela não esconde a frustração: "Na minha época de faculdade, isso era caso de livro didático. Hoje virou notícia de jornal".

Os números que doem

  • Cobertura vacinal despencou 25% na última década
  • 3 em cada 10 crianças não completam o calendário básico
  • Regiões Norte e Nordeste lideram esse triste ranking

E aqui vai um detalhe que faz pensar: enquanto o Brasil regride, países muito mais pobres – você leu certo – estão dando um banho em nós. Vietnã, Bangladesh, Ruanda... lugares que mal apareciam no mapa da vacinação agora são exemplos.

E agora?

O Ministério da Saúde promete campanhas mais agressivas (já ouvimos isso antes, não?). Enquanto isso, nas periferias, agentes comunitários viram heróis improvisados, convencendo mães desconfiadas uma por uma.

"Tem dia que saio com a garganta doendo de tanto explicar", conta Maria do Carmo, agente há 15 anos. "Mas quando consegui vacinar o Miguel, que quase morreu de pneumonia, valeu cada 'não' que ouvi antes".

O fato é que o relógio está correndo. Doenças erradicadas estão de malas prontas, e o sistema de saúde – aquele mesmo que já vive no limite – pode não aguentar o baque. Como diz o ditado: vacinar é um ato de amor coletivo. Ou será que esquecemos disso também?