Imagine a cena: uma casa no Acre, o silêncio da noite quebrado por gritos desesperados. Uma recém-nascida, com apenas alguns dias de vida, engasgara com leite materno — e o pânico tomou conta da família. Mas eis que, como num daqueles filmes de ação que a gente vê e pensa "nunca aconteceria na vida real", dois PMs entraram em cena.
Os policiais militares, que patrulhavam a região, foram alertados pelos berros. Não pensaram duas vezes. Um deles, com aquela calma que só quem já viu de tudo tem, aplicou manobras de desengasgo enquanto o outro acionava o SAMU. Trinta segundos — parece pouco, mas quando é sua filha sufocando, é uma eternidade.
O que fazer em casos de engasgo infantil?
Os especialistas sempre dizem: nessas horas, cada segundo conta. A técnica usada pelos PMs foi a clássica "tapinhas nas costas" combinada com compressões torácicas — coisa que todo pai deveria aprender, mas que a maioria só vai atrás quando o susto já aconteceu.
E sabe o que é mais impressionante? Os dois heróis de farda sequer queriam dar entrevista depois. "Fizemos só nosso trabalho", disseram, com aquela modéstia típica de quem realmente salva vidas. Enquanto isso, a pequena guerreira — agora chamada carinhosamente de "milagrosa" pela família — se recupera bem no hospital.
Ah, e detalhe: a mãe, entre lágrimas, contou que quase não acreditou quando viu os policiais chegando. "Parecia coisa de filme", disse. Mas não era. Era a vida real — com final feliz — acontecendo no coração da Amazônia.
