Pré-menopausa: Anticoncepcionais Ajudam ou Atrasan a Chegada do Climatério?
Pré-menopausa: Anticoncepcionais Ajudam ou Atrasan?

Muitas mulheres que utilizam métodos contraceptivos hormonais se perguntam: o uso prolongado de anticoncepcionais pode influenciar no momento de chegada da pré-menopausa? A resposta, segundo especialistas, é mais complexa do que um simples sim ou não.

O Que é a Pré-menopausa?

A pré-menopausa, também conhecida como perimenopausa, é o período de transição que antecede a menopausa definitiva. Durante essa fase, que pode durar vários anos, o corpo feminino começa a reduzir gradualmente a produção de hormônios como estrogênio e progesterona.

Anticoncepcionais Mascaram os Sintomas

Segundo a ginecologista e obstetra Dra. Mariana Conte, os anticoncepcionais hormonais não aceleram nem retardam a chegada da pré-menopausa. No entanto, eles podem mascarar os sinais típicos dessa fase de transição.

"A pílula fornece hormônios sintéticos externamente, o que pode disfarçar sintomas como irregularidade menstrual, ondas de calor e alterações de humor", explica a especialista.

O Momento da Verdade

A verdade sobre a relação com a pré-menopausa só aparece quando a mulher decide suspender o anticoncepcional. "Ao parar com a pílula, especialmente após os 40 anos, os sintomas da pré-menopausa podem surgir de forma mais evidente", alerta Dra. Mariana.

Sinais de Alerta para Observar

  • Alterações no ciclo menstrual quando não está usando anticoncepcional
  • Ondas de calor repentinas
  • Alterações no padrão de sono
  • Mudanças de humor significativas
  • Secura vaginal
  • Diminuição da libido

Quando Buscar Ajuda Médica?

A especialista recomenda que mulheres a partir dos 40 anos mantenham acompanhamento ginecológico regular. "Se você perceber sintomas que afetem sua qualidade de vida, ou se estiver pensando em parar com o anticoncepcional após longos anos de uso, converse com seu médico", orienta.

O mais importante, segundo a ginecologista, é que cada mulher entenda que a pré-menopausa é uma fase natural da vida, e não uma doença. Com o acompanhamento adequado e informações corretas, é possível atravessar esse período com mais qualidade de vida e bem-estar.