Médica é indiciada por homicídio culposo após paciente morrer em procedimento estético em Vitória da Conquista
Médica indiciada por morte em procedimento estético na BA

Imagine só: você vai a uma clínica de estética confiante, buscando um rejuvenescimento, e acaba entrando em parafuso total. Foi exatamente o que aconteceu com uma jovem de 33 anos em Vitória da Conquista, no sudoeste baiano. A história é tensa e serve de alerta para todo mundo.

A Polícia Civil da Bahia não brincou em serviço e indiciou uma médica por homicídio culposo — aquela morte sem intenção de matar, sabe? O caso todo gira em torno de um procedimento estético que deu catastropicamente errado. A aplicação de ácido hialurônico, que deveria ser rotineira, terminou em tragédia.

O que de fato aconteceu naquela tarde?

A vítima, uma mulher cheia de vida, foi à clínica no dia 2 de outubro do ano passado. O objetivo era simples: um rejuvenescimento facial. Mas algo saiu profundamente errado durante a aplicação do preenchimento. Ela passou mal ali mesmo, no consultório. Imediatamente, foi levada às pressas para um hospital da região, mas não resistiu. O falecimento foi confirmado no mesmo dia.

— A delegada Titina Alves, que comanda a 1ª Delegacia Territorial de Vitória da Conquista, foi enfática: as investigações apontaram fortes indícios de que a médica agiu com uma negligência grosseira durante o procedimento. Não foi um mero acidente, mas algo que poderia ter sido evitado.

Laudo pericial não deixa margem para dúvidas

O Instituto Médico Legal (IML) apontou a causa da morte: embolia gordurosa. Basicamente, o ácido hialurônico foi parar na corrente sanguínea, provocando uma obstrução fatal. Um erro primário, que beira o imperdoável para muitos na área médica.

O que mais assusta? A tal da médica nem era especialista em dermatologia ou cirurgia plástica. Ela atuava como ginecologista e obstetra — ou seja, estava completamente fora da sua área de expertise. Que absurdo, não?

O procedimento todo foi feito num consultório odontológico, o que já levanta uma série de questionamentos sobre a infraestrutura e a adequação do local para esse tipo de intervenção.

E agora, o que acontece?

Com o indiciamento formalizado, o inquérito policial segue para as mãos do Ministério Público da Bahia. Eles é que vão decidir se denunciam ou não a médica à Justiça. Enquanto isso, a profissional responde em liberdade — o que, convenhamos, deve estar gerando uma ansiedade danada.

Esse caso joga um holofote brutal sobre a regulamentação de procedimentos estéticos no Brasil. Até quando vai persistir essa zona? Quantos mais terão que morrer para que haja um controle mais rígido?

Uma vida perdida por um simples desejo de autoestima. Uma família destruída. E uma profissional que, talvez, carregue esse peso para sempre. Uma lição dura para todos: a vaidade não pode custar mais que a segurança.