Em um momento em que a discussão sobre equidade de gênero ganha cada vez mais espaço, Maira Liguori, especialista em questões sociais, reforça a importância de distribuir a cultura do cuidado de forma justa. Segundo ela, essa é uma peça-chave para alcançar a igualdade entre homens e mulheres.
"A divisão desigual das responsabilidades de cuidado ainda recai majoritariamente sobre as mulheres, limitando suas oportunidades profissionais e pessoais", afirma Liguori. Ela destaca que é essencial envolver todos os setores da sociedade nessa mudança, incluindo empresas, governos e indivíduos.
Por que a cultura do cuidado importa?
A especialista explica que o cuidado não se resume apenas às tarefas domésticas ou à criação dos filhos. Ele engloba também o apoio emocional, a atenção aos idosos e até mesmo a manutenção das redes sociais que sustentam a comunidade.
- Impacto econômico: Mulheres que assumem a maior parte do cuidado têm menos tempo para se dedicar a carreiras e educação.
- Saúde mental: A sobrecarga de trabalho não remunerado pode levar ao esgotamento e ao estresse.
- Desigualdade estrutural: A falta de compartilhamento dessas tarefas perpetua estereótipos de gênero.
Como promover a mudança?
Liguori sugere algumas ações para transformar essa realidade:
- Políticas públicas: Criar licenças parentais igualitárias e incentivos para empresas que promovam a divisão de tarefas.
- Educação: Ensinar desde cedo que o cuidado é responsabilidade de todos, independentemente do gênero.
- Conscientização: Campanhas que mostrem como a desigualdade no cuidado afeta toda a sociedade.
"Quando falamos de equidade de gênero, não podemos ignorar o cuidado. É uma questão de justiça social", conclui a especialista.
