Infarto em mulheres: por que elas morrem mais, mesmo tendo menos casos que os homens?
Infarto em mulheres: menos casos, mais mortes. Por quê?

Parece um daqueles enredos de novela que ninguém entende: elas têm menos ataques cardíacos, mas morrem mais. Sim, senhoras e senhores, estamos falando de um daqueles casos em que os números não batem — e o resultado é preocupante.

Dados recentes mostram que, embora os homens sejam os campeões em quantidade de infartos, são as mulheres que lideram um triste ranking: o de mortes por problemas cardíacos. E não é por pouco — a diferença chega a ser assustadora.

O coração feminino pede socorro

Você já parou pra pensar por que seu médico sempre pergunta se você fuma, mas quase nunca pergunta como anda seu estresse? Pois é. Enquanto os sintomas masculinos de infarto são aqueles clássicos — dor no peito que irradia pro braço —, nas mulheres a coisa é bem mais traiçoeira.

  • Cansaço inexplicável que dura dias
  • Enjoo que parece virose
  • Dor nas costas que não passa
  • Aquele mal-estar que ninguém consegue explicar

Resultado? Muitas acabam no pronto-socorro com diagnóstico errado. E quando descobrem o problema real, já é tarde demais.

O relógio biológico que ninguém comenta

Aqui vai uma informação que deveria estar em todos os consultórios ginecológicos: depois da menopausa, o risco cardiovascular feminino dispara. Sem a proteção dos hormônios, o coração das mulheres fica tão vulnerável quanto o dos homens — ou até mais.

Mas calma, não é pra entrar em pânico. A questão é que precisamos falar sobre isso com a mesma naturalidade com que falamos de exames preventivos. Até porque, convenhamos, de que adianta cuidar da mama e esquecer do músculo mais importante do corpo?

O preconceito que mata

Pode botar na conta do machismo estrutural mais essa: muitos profissionais ainda subestimam queixas cardíacas em pacientes mulheres. Acham que é "crise de ansiedade", "coisa da cabeça" ou — pasmem — "frescura".

Enquanto isso, os minutos preciosos vão passando. E cada minuto perdido é tecido cardíaco que morre. Literalmente.

O que fazer?

  1. Conheça seus números: pressão, colesterol e glicemia não são apenas preocupações masculinas
  2. Desconfie de sintomas atípicos — seu corpo manda sinais, mesmo que diferentes dos "clássicos"
  3. Insista no pronto-socorro se sentir que algo está errado. Melhor passar por exagerada do que por estatística

No final das contas, a mensagem é clara: saúde cardíaca feminina precisa sair da invisibilidade. Porque coração de mulher — ao contrário do que diz a música —, sim, dói. E pode doar fatalmente.