Circuito de Segurança Alimentar Transforma Parque em Ponto de Encontro em Petrolina
Circuito alimentar transforma parque em Petrolina

Petrolina respirava um ar diferente neste último final de semana. O Parque Josepha Coelho, que normalmente é refúgio para quem busca sombra e tranquilidade, se transformou em um verdadeiro caldeirão de saberes — e sabores.

O 1º Circuito de Segurança Alimentar e Nutricional não foi só mais um evento na agenda da cidade. Foi, na verdade, uma experiência que colocou a mão na massa — literalmente. Enquanto crianças aprendiam a identificar frutas regionais, adultos descobriam que alimentação saudável não é sinônimo de comida sem graça.

Muito além da teoria

O que mais chamou atenção foi como tudo foi pensado para ser acessível. Não era aquela palestra chata onde alguém fala e todo mundo boceja. Havia oficinas práticas que mostravam, por exemplo, como transformar cascas de alimentos que iriam para o lixo em receitas saborosas e nutritivas.

Uma senhora que preferiu não se identificar me contou, com os olhos brilhando: "Nunca imaginei que talos de couve poderiam virar um refogado tão gostoso. Na minha época, a gente jogava tudo fora."

Educação que vem do prato

Os nutricionistas presentes adotaram uma postura bem diferente do tradicional "isso pode, isso não pode". Em vez de proibições, ofereciam alternativas. Em lugar de discursos técnicos, compartilhavam experiências reais.

Uma das atividades mais concorridas foi a oficina de compostagem doméstica. Parece complicado? Não é. E as famílias saíram de lá com know-how para reduzir seu lixo orgânico em até 40% — número que impressiona qualquer um.

Sustentabilidade no dia a dia

O evento mostrou que segurança alimentar vai muito além de ter comida na mesa. Envolve saber de onde vem o alimento, como foi produzido, e o impacto que esse processo causa no meio ambiente.

Agricultores familiares da região tiveram espaço para vender seus produtos diretamente ao consumidor. Sem intermediários, os preços caíram e a qualidade subiu. Todo mundo ganhou.

No final do dia, dava para ver nas caras das pessoas que algo havia mudado. Não era só informação que levaram para casa — era inspiração. E talvez seja isso que faça a diferença: quando a educação alimentar deixa de ser obrigação e vira descoberta.

Petrolina mostrou que, quando se trata de alimentação, o caminho é unir tradição e inovação. E o Parque Josepha Coelho provou ser o cenário perfeito para essa mistura — afinal, que melhor lugar para falar de sustentabilidade do que um espaço que é pura natureza no coração da cidade?