Idosa morre após procedimentos estéticos: o que já se sabe e as dúvidas que persistem
Idosa morre após procedimentos estéticos no Vale do Paraíba

Uma tragédia que deixou o Vale do Paraíba em estado de choque. Maria da Silva*, 73 anos, não resistiu após passar por uma série de procedimentos estéticos em uma clínica da região. O caso, que ainda está sob investigação, levanta questões urgentes sobre segurança em cirurgias plásticas e o limite da vaidade.

Segundo informações preliminares, a aposentada teria feito lipoaspiração e aplicação de preenchedores no mesmo dia. "Ela sempre foi vaidosa, mas ninguém imaginava que isso aconteceria", desabafa uma vizinha, ainda abalada. O corpo foi encontrado sem vida na manhã seguinte.

O que as autoridades já descobriram

A delegacia local já colheu depoimentos de familiares e funcionários da clínica. O laudo preliminar do IML aponta parada cardiorrespiratória como causa da morte, mas exames complementares estão sendo realizados. Duas perguntas queimam na mente de todos:

  • A clínica tinha autorização para todos os procedimentos realizados?
  • Os profissionais envolvidos estavam devidamente habilitados?

Um detalhe preocupante: fontes próximas à investigação afirmam que a vítima tinha histórico de hipertensão não controlada. Será que houve negligência na avaliação pré-operatória?

O outro lado da moeda

Procurados, os responsáveis pela clínica se limitaram a dizer que "estão colaborando com as autoridades". Nada de explicações, nada de justificativas. Enquanto isso, o CRM já abriu processo para apurar possível má prática médica.

O caso reacende um debate antigo: até onde vai a responsabilidade dos profissionais quando o paciente insiste em procedimentos de risco? "Tem gente que acha que clínica estética é salão de beleza", comenta um cirurgião plástico que preferiu não se identificar.

O que ainda falta esclarecer

  1. Resultado completo dos exames toxicológicos
  2. Laudo definitivo do IML
  3. Registros da anestesia aplicada
  4. Histórico médico completo da vítima

Enquanto a Justiça não se pronuncia, uma família chora sua perda e uma comunidade questiona os limites da medicina estética. Uma coisa é certa: esse caso vai deixar marcas mais profundas que qualquer procedimento cosmético.

*Nome fictício para preservar a identidade da vítima