Dicas infalíveis para manter seu ar-condicionado e ventilador em perfeito estado no verão amazônico
Dicas para ar-condicionado e ventilador no verão

Quando o termômetro dispara na Amazônia — e como dispara! —, ar-condicionado e ventilador viram quase extensões do nosso corpo. Mas será que você está cuidando direito desses salvadores da pátria térmica?

O banho gelado que seu ar-condicionado precisa

Pois é, o coitado trabalha que nem um condenado pra nos salvar do inferno astral de 40°C. E o que a gente faz? Nada. Zero. Absolutamente nada. Até ele dar o primeiro pio de socorro — aí já era.

"A limpeza dos filtros deveria ser religiosa", crava o técnico em refrigeração Márcio Andrade, que já viu cada coisa entupida em 15 anos de profissão. "Já encontrei desde poeira até ninho de passarinhos — sim, dentro de apartamento!"

5 pecados capitais contra seu ventilador

  1. Deixar acumular aquela crosta de poeira nas hélices (que no fim você respira)
  2. Achar que óleo de cozinha serve pra lubrificar o motor (não serve, pelo amor de Deus)
  3. Usar panos molhados na parte elétrica (quase um suicídio doméstico)
  4. Ignorar os barulhos estranhos (aquele "tic-tac" não é o relógio biológico do aparelho)
  5. Empurrar o botão de velocidade com ódio quando trava (vai quebrar o pobre)

E tem mais — quem nunca deixou o ventilador ligado 24h por dia durante uma semana? Pois é, o motor esquenta, a vida útil diminui, e lá se vai seu companheiro de calor pro céu dos eletrodomésticos antes da hora.

A matemática do ar-condicionado

Sabia que cada grau a menos no termostato aumenta em até 7% o consumo? "No verão amazônico, entre 23°C e 25°C é o sweet spot", revela Andrade. "Abaixo disso, além de gastar mais, você vai precisar de um casaco dentro de casa — o que é meio contraditório, não?"

Ah, e aquela história de "vou desligar quando sair pra economizar"? Mito. Em ambientes bem isolados, manter uma temperatura estável gasta menos do que religar várias vezes. Mas — sempre tem um mas — isso só vale se você for ficar menos de 4 horas fora.

Quando chamar o técnico (e quando não chamar)

  • Chame urgentemente: se vir água escorrendo pela parede (não, não é um milagre)
  • Dá pra resolver sozinho: filtros sujos (sério, é mais fácil que trocar fralda)
  • Pode esperar: aquele barulhinho chato mas constante (até semana que vem aguenta)
  • Jogue fora: se o conserto custar mais que 60% de um novo (desapega, amigo)

No fim das contas, como diz o velho ditado dos técnicos de Manaus: "Ar-condicionado bem cuidado não vira sucata no primeiro verão". E ventilador? "Ah, esse a gente só lembra que existe quando quebra — aí já é tarde demais."