Um levantamento preocupante sobre os hábitos de saúde dos homens brasileiros revela que 46% dos homens acima de 40 anos adotam uma postura reativa quando o assunto é cuidado médico. Isso significa que quase metade deles só busca atendimento profissional quando já estão sentindo algum sintoma ou mal-estar.
Prevenção ainda não é prioridade
A pesquisa, realizada pelo Instituto Ipsos para a Bayer, mostra que a cultura da prevenção ainda não faz parte da rotina da maioria dos homens na meia-idade. Enquanto as mulheres costumam realizar consultas e exames regularmente, muitos homens continuam negligenciando a saúde até que problemas se manifestem.
Os principais fatores por trás desse comportamento
- Falta de tempo devido às obrigações profissionais
- Cultura do "homem forte" que não pode demonstrar fraqueza
- Medo de descobrir doenças graves
- Falta de sintomas aparentes que justifiquem a consulta
Riscos da negligência preventiva
Especialistas alertam que esperar sentir algo para procurar ajuda médica pode ser perigoso. Muitas condições graves, como hipertensão, diabetes e até alguns tipos de câncer, podem se desenvolver silenciosamente por anos antes de apresentarem sintomas evidentes.
"Quando o paciente chega ao consultório já com queixas específicas, muitas vezes a doença já está em estágio mais avançado, o que poderia ter sido evitado com acompanhamento regular", explica um urologista consultado pela pesquisa.
Mudança de mentalidade necessária
Os dados servem como um alerta para a necessidade de campanhas de conscientização específicas para o público masculino. A saúde preventiva não é um luxo, mas uma necessidade que pode salvar vidas e garantir mais qualidade de vida na terceira idade.
O estudo entrevistou 1.500 homens com mais de 40 anos em todas as regiões do Brasil, oferecendo um retrato atualizado dos hábitos de saúde da população masculina no país.