
Numa reviravolta que parece saída de um roteiro de novela, um médico cubano conseguiu driblar as barreiras burocráticas e continua exercendo sua profissão no Brasil. Tudo isso graças a uma liminar — aquelas decisões judiciais que surgem como um salva-vidas quando tudo parece perdido.
O caso, que mistura política internacional, saúde pública e um toque de drama jurídico, acontece meses após o controverso fim do programa Mais Médicos. Lembra dele? Aquele projeto que trouxe milhares de profissionais de Cuba para atender regiões carentes do país.
Nos bastidores do caso
Enquanto muitos colegas retornaram à ilha caribenha, nosso protagonista — cujo nome foi preservado — encontrou uma brecha legal para ficar. "É como se ele tivesse achado a agulha no palheiro do sistema jurídico", brinca um advogado familiarizado com o processo.
A decisão liminar, concedida por um juiz federal, basicamente diz: "Calma aí, vamos pensar melhor antes de mandar esse cara embora". E assim, enquanto o governo brasileiro e o cubano discutem os termos do programa, ele continua salvando vidas em algum município do interior.
O que dizem os especialistas?
Juristas ouvidos têm opiniões divididas:
- "É uma vitória do direito individual sobre as disputas geopolíticas", defende um
- "Cria um precedente perigoso", alerta outro
- "No fim, quem ganha é a população que precisa de atendimento", filosofa um terceiro
Enquanto isso, nas redes sociais, o debate esquenta mais que café de padaria. De um lado, os que veem o médico como "herói". Do outro, quem questiona: "E a soberania nacional?".
O Ministério da Saúde — sempre ele — mantém aquele silêncio ensurdecedor que todos conhecemos bem. Já a Defensoria Pública da União, que entrou com a ação, comemora discretamente nos bastidores.
E agora?
A situação é temporária — como quase tudo na vida. A liminar vale até que uma decisão final seja tomada. Enquanto isso, nosso médico cubano segue trabalhando, provavelmente sem fazer ideia de que virou peça num tabuleiro de xadrez geopolítico.
Moradores da cidade onde ele atua — que preferiram não ser identificados — contam que o profissional é "querido por todos". "Doutor tem mão boa", diz uma senhora de 62 anos, enquanto espera na fila do posto de saúde.
E você, o que acha? Deveria haver mais flexibilidade nesses casos ou as regras devem ser seguidas à risca? Enquanto refletimos, uma coisa é certa: o sistema de saúde brasileiro continua precisando de todos os braços (e estetoscópios) disponíveis.