
Eis que uma simples cerimônia religiosa no interior mineiro vira o estopim de uma discussão que parece não ter fim. Na pacata cidade de Itaúna, um padre — desses da velha guarda — simplesmente se recusou a batizar uma recém-nascida. O motivo? O nome da criança: Wakanda Forever.
Pois é. Não é brincadeira. Os pais, fãs declarados da Marvel e do Pantera Negra, escolheram homenagear o reino fictício. Só que o vigário não curtiu a ideia. Nem um pouco.
O que a lei brasileira diz sobre isso?
Ah, a lei… Ela até permite certas liberdades, mas com um pé atrás. Desde 1973, os registradores podem — e devem — bloquear nomes que exponham a criança ao ridículo. Imagine a criança na escola, né? É pra proteger mesmo.
Mas calma lá! A coisa não é tão preto no branco. Em 2023, o CNJ soltou um provimento que deu uma afrouxada nas regras. Agora, nomes de personagens, lugares fictícios ou até marcas são permitidos, desde que não vexatórios. Tudo depende da análise do cartório.
- Nomes proibidos: Aqueles que claramente trarão constrangimento ou piadas prontas.
- Nomes permitidos: Mesmo os mais criativos, se não forem ofensivos.
- O meio-termo: Às vezes, o oficial sugere um nome mais "tradicional" e registra o alternativo como apelido.
E não é só o Wakanda que causa rebuliço. Já apareceu de tudo por aí: Facebook, Nintendo, até mesmo Hashtag. Sério mesmo.
E a igreja, pode recusar batizado?
Bem, aí é outra história. A Igreja Católica tem suas próprias regras — e elas não necessariamente conversam com as do cartório. Muitos padres aceitam nomes inventivos, mas outros… bem, outros são mais rigidinhos. Como o caso de Itaúna mostrou.
O padre alegou que o nome "não tem ligação com a tradição cristã". E pronto. Os pais, é claro, ficaram chateadíssimos. Agora, a família precisa decidir: trocar o nome ou procurar outra paróquia?
E você, o que acha?
É um dilema e tanto. De um lado, a liberdade criativa dos pais. Do outro, o possível constrangimento futuro da criança. E no meio: leis, regras, tradições e muito, muito debate.
No final das contas, o importante é lembrar que por trás de toda essa confusão há uma menina que, um dia, vai crescer e precisar carregar esse nome. Wakanda Forever — ou não.