
Quem disse que falar sobre sexualidade com adolescentes precisa ser aquele drama todo? Fernanda Lima, sempre à frente do seu tempo, mostrou que existem caminhos mais tranquilos — e honestos — para abordar o tema em família.
Num papo recente, a apresentadora deixou claro que não quis bancar a super-heroína nessa missão. Pelo contrário. Reconheceu suas próprias limitações e tomou uma atitude que muita gente ainda considera tabu: chamou um especialista para conversar com os filhos gêmeos, João e José, que hoje têm 13 anos.
"Melhor reconhecer que não sei tudo"
Fernanda foi direta ao ponto. "A gente acha que tem que dar conta de tudo, mas algumas conversas exigem um preparo que nem sempre temos", refletiu. E cá entre nós, ela tem razão. Quantos pais não travam só de imaginar ter aquela conversa?
O que mais impressiona na abordagem dela é a naturalidade. Em vez do clássico "vamos conversar" que deixa todo mundo constrangido, ela criou situações orgânicas para o diálogo fluir. "Às vezes é durante um trajeto de carro, outras numa ida ao mercado", contou. Esses momentos do cotidiano — quem diria — tornam o papo mais leve.
O papel do especialista
Aqui vem a parte mais interessante: o profissional não veio para substituir os pais, mas para somar. "Ele trouxe informações técnicas que eu não dominava", admitiu Fernanda. E completou: "Os meninos puderam fazer perguntas que talvez não fariam diretamente a mim".
É como se fosse uma dupla dinâmica — os pais oferecendo o acolhimento emocional e o especialista contribuindo com o conhecimento científico. Uma combinação que, pelos relatos, tem funcionado muito bem na casa da apresentadora.
- Transparência acima de tudo
- Respeito pelo ritmo de cada um
- Busca por informações confiáveis
- Criação de espaços seguros para diálogo
Fernanda também destacou algo crucial: a importância de falar sobre consentimento, respeito e responsabilidade desde cedo. Não se trata apenas de explicar mecanismos biológicos, mas de construir uma base ética sólida.
E os resultados?
Pelo jeito, a estratégia deu certo. A apresentadora relatou que os filhos hoje se sentem mais confortáveis para tirar dúvidas e trazer questões do dia a dia. "Percebo que criamos um canal de comunicação que permanece aberto", comemorou.
E faz todo sentido. Quando os pais assumem que não sabem tudo — e mostram disposição para aprender junto — quebram aquela barreira de autoridade distante que tanto afasta os adolescentes.
No fundo, o que Fernanda nos ensina é que educar sexualmente os filhos não é sobre ter todas as respostas, mas sobre criar um ambiente onde as perguntas possam existir sem julgamento. E se for preciso chamar reforço, que assim seja — afinal, ninguém precisa ser especialista em tudo.
Resta uma pergunta no ar: quantas famílias poderiam se beneficiar dessa abordagem mais aberta e menos perfeita? Talvez seja hora de repensarmos esses tabus que, no fim das contas, só nos afastam de quem mais amamos.