Redes Sociais e Crianças: Especialistas Soam o Alerta Sobre Exploração Digital
Crianças nas redes: especialistas alertam para riscos

Não é novidade que as redes sociais dominaram nosso cotidiano — mas e quando essa exposição atinge as crianças? Especialistas estão batendo o pé: transformar os pequenos em "produtos" digitais é um caminho perigoso.

"A gente vê cada coisa por aí...", comenta a psicóloga infantil Mariana Torres, enquanto balança a cabeça. "Pais postando vídeos dos filhos fazendo gracinhas, chorando, até em situações constrangedoras. Tudo por likes."

O preço dos views

Segundo um estudo recente, crianças com menos de 10 anos já aparecem em média 1.500 fotos online antes mesmo de completarem cinco anos. E o pior? Elas não têm voz nessa história.

— É como se fossem bonecos digitais — dispara o educador digital Carlos Mendes. — Criamos uma geração que nasce com um perfil público, sem direito à privacidade.

Os riscos que ninguém conta

  • Dados pessoais expostos desde o berço
  • Possível material para pedófilos (sim, é duro falar nisso)
  • Ansiedade e distorção da autoimagem no futuro
  • Roubo de identidade digital

E não adianta achar que "meu filho não". Uma pesquisa da Universidade de São Paulo mostrou que 68% dos pais brasileiros já postaram conteúdo dos filhos que poderia constrangê-los no futuro.

Como proteger?

Os especialistas sugerem um "teste do futuro": antes de postar, imagine como a criança se sentiria vendo aquilo na adolescência. Funciona? Quem sabe...

Outras dicas práticas:

  1. Desative a geolocalização nas fotos
  2. Evite imagens em uniforme escolar ou que mostrem rotinas
  3. Pense três vezes antes de compartilhar momentos íntimos
  4. Converse com familiares sobre os limites

No fim das contas, como diz a psicóloga Mariana: "Criança não é conteúdo. Ponto final." E você, já parou pra pensar nisso?