
Não era o que a gente queria ouvir logo no começo do ano, mas a realidade bateu à porta: Piracicaba registrou a primeira morte por febre maculosa em 2025. E olha que o caso já está fazendo barulho — e não é à toa.
A vítima, um homem de 45 anos, teria frequentado áreas rurais da região antes de apresentar os sintomas. Sabe como é? Febre alta, dor de cabeça que não passa, aquelas manchas vermelhas na pele... Coisa séria, que evolui rápido se não tratada.
O perigo escondido nos pastos
O carrapato-estrela — aquele vilão minúsculo — é o responsável pela transmissão. E aqui vai o pulo do gato: ele adora ficar em capivaras, nossos "gigantes dos rios". Quem mora perto de matas, parques ou áreas alagadas precisa redobrar a atenção.
"A gente sabe que a doença tá aí, mas sempre acha que não vai acontecer com a gente", comenta Maria, moradora de um bairro próximo ao Rio Piracicaba. E é justamente esse pensamento que preocupa as autoridades.
Sinais que não podem ser ignorados
- Febre acima de 39°C que aparece do nada
- Dor muscular que parece gripe, mas não passa
- Manchas vermelhas (daí o nome "maculosa") nas palmas e pés
- Náuseas e vômitos persistentes
O pior? Se demorar pra procurar ajuda, a taxa de letalidade pode chegar a 60%. Sim, você leu certo — sessenta por cento.
"Mas eu não vi carrapato!" — O engano mais comum
Aqui mora o perigo: muitas vezes a picada passa despercebida. O bichinho pode ser menor que a cabeça de um alfinete. E tem mais: os sintomas só aparecem depois de 2 a 14 dias. Uma verdadeira bomba-relógio.
O secretário municipal de Saúde foi direto ao ponto: "Estamos reforçando a vigilância, mas a população precisa fazer sua parte". E que parte seria essa?
Como se proteger (de verdade)
- Usar roupas claras e compridas em áreas de risco
- Passar repelente específico para carrapatos
- Examinar o corpo todo após atividades ao ar livre
- Retirar carrapatos corretamente (nada de álcool ou querosene!)
Ah, e se aparecer qualquer sintoma suspeito depois de frequentar matas ou rios? Corre pro médico — sem demora. O tratamento com antibióticos funciona, mas precisa começar cedo.
Enquanto isso, os órgãos de saúde monitoram outras áreas de São Paulo que são tradicionalmente problemáticas. Piracicaba agora entrou nesse mapa — e ninguém quer ver essa lista crescer.