Piracicaba registra primeira morte por febre maculosa em 2025: conheça os pontos de risco
Piracicaba confirma 1ª morte por febre maculosa em 2025

Não era o tipo de notícia que Piracicaba queria dar. Na tarde desta segunda (14), a prefeitura confirmou o que muitos temiam: o primeiro óbito por febre maculosa em 2025. A vítima, um homem de 42 anos, não resistiu às complicações da doença — aquela velha conhecida que volta a assombrar a região quando menos se espera.

Detalhes? O caso veio da zona rural, claro. Onde o mato cresce sem pedir licença e os carrapatos-estrela fazem a festa. Mas calma, não é só no campo que o perigo espreita. Até parques urbanos movimentados entraram na lista de alerta.

Sinais que enganam (e matam)

Começa com uma febre que parece gripe. Dor no corpo, moleza... Coisa boba, pensa a gente. Só que não. Em 48 horas, o quadro vira um pesadelo: manchas avermelhadas (daí o nome "maculosa"), confusão mental, sangramentos. "Parece exagero até você ver acontecer", comenta uma enfermeira da UPA que pediu pra não ser identificada.

  • Febre alta repentina (acima de 39°C)
  • Dores musculares intensas
  • Manchas vermelhas nas palmas e solas dos pés
  • Náuseas e vômitos persistentes

Ah, e tem isso: se o tratamento com antibióticos não começar nos primeiros 3 dias, as chances despencam. A taxa de letalidade chega a 60% nos casos graves — número que daria inveja aos vilões de filme de terror.

Onde o perigo se esconde

A secretaria de saúde mapeou os locais críticos:

  1. Margens do Rio Piracicaba (especialmente próximo à mata ciliar)
  2. Parque da Rua do Porto — sim, aquele point turístico
  3. Áreas de pastagem nos distritos de Santa Teresinha e Tanquinho

"Não é pra deixar de frequentar, é pra tomar cuidado", explica o secretário municipal de saúde, lembrando que a época de seca (como agora) é quando os carrapatos mais atacam. E olha que ironia: quem tem galinheiro em casa pode estar mais protegido — as aves comem os carrapatos, sabia?

Enquanto isso, os agentes de zoonoses intensificam as rondas. Borrifam veneno (do "bom"), orientam moradores. Mas a verdade é que essa guerra contra um inimigo minúsculo depende mesmo é da consciência de cada um. Repelente, roupas claras, checagem do corpo depois do passeio — detalhes que salvam vidas.

No hospital regional, onde a última vítima foi atendida, os profissionais falam em "corrida contra o relógio". A doença não espera, e o diagnóstico precoce? Bem... às vezes chega atrasado demais.