
Não é novidade que o mundo virtual pode ser um campo minado — e Preta Gil acabou de pisar em uma das bombas mais tóxicas. Logo após o lançamento de seu mais recente trabalho musical, a artista foi alvo de uma enxurrada de comentários cruéis, que misturavam desde ódio gratuito até preconceito escancarado.
Parece que algumas pessoas ainda não entenderam: criticar a arte é uma coisa, atacar a pessoa por trás dela é outra completamente diferente. E olha que nem estamos falando de opiniões sobre ritmo ou letras — era pura e simples discriminação, da grossa.
O álbum que virou alvo
O projeto musical em si? Uma celebração da diversidade e da autoaceitação. Mas para certos indivíduos, aparentemente, ver uma mulher negra, gorda e bem resolvida ocupando espaço é demais para digerir. Os ataques vieram de todos os lados, cada um mais absurdo que o outro.
"Quando eu vi alguns desses comentários, fiquei sem palavras", confessou uma fã em suas redes. E não era para menos — a criatividade do ódio às vezes assusta mais que qualquer letra de música.
A reação que acendeu a fogueira
O que os haters não esperavam? A reação em cadeia que provocaram. Celebridades, colegas de profissão e anônimos se uniram num coro de apoio à cantora. Nas timelines, virou moda (boa, diga-se) postar mensagens de solidariedade e chamar atenção para o problema.
"Isso não é sobre mim, é sobre todas nós", parece ter sido o recado não dito por Preta, que sempre soube transformar pedras em degraus. A artista, conhecida por sua resiliência, tratou o assunto com a seriedade merecida, mas sem perder a pose — algo que só aumentou a admiração do público.
O lado que ninguém vê
Por trás dos holofotes, uma verdade inconveniente: quantas artistas negras e gordas precisam provar seu valor diariamente? Enquanto uns fazem sucesso quase por osmose, outras têm que lutar contra estereótipos a cada nota.
O caso de Preta Gil escancarou o que muitos preferem ignorar: o preconceito não só existe como se disfarça de "opinião artística" quando convém. Mas dessa vez, a máscara caiu feio — e ficou exposta para quem quisesse ver.
No final das contas, o álbum pode até ter sido o estopim, mas a discussão que gerou vai muito além das faixas musicais. É sobre respeito, representatividade e, principalmente, sobre quanta intolerância ainda precisamos combater.