
O Ceará está novamente em estado de alerta. Parece que o fantasma do metanol resolveu dar as caras outra vez, e a situação é preocupante, pra dizer o mínimo. A Secretaria da Saúde do estado confirmou que está investigando dois novos casos suspeitos de intoxicação por essa substância perigosíssima.
E o pior: uma pessoa já morreu. Não é brincadeira, gente.
O que está acontecendo exatamente?
Os dois casos suspeitos estão sendo analisados pelo Centro de Assistência Toxicológica do Instituto Doutor José Frota (IJF), em Fortaleza. Um deles, infelizmente, evoluiu para óbito. A outra pessoa segue sob observação médica - torcemos para que se recupere.
O que mais preocupa é que isso não é um incidente isolado. A gente já viu esse filme antes, e o final nunca é bom. Metanol em bebidas adulteradas é uma roleta russa que ninguém deveria ser obrigado a jogar.
Um problema que insiste em voltar
Quem acompanha as notícias deve se lembrar que, entre dezembro do ano passado e janeiro deste ano, o Ceará viveu um verdadeiro pesadelo. Foram 57 casos confirmados de intoxicação por metanol, com 15 mortes. Quinze vidas perdidas por conta de uma irresponsabilidade criminosa.
E agora, parece que o problema está ressurgindo. É como aquela encrenca que você acha que resolveu, mas dá meia-volta e volta ainda mais forte.
Mas espera aí, o que é metanol mesmo?
Pra quem não sabe - e é bom saber, porque pode salvar vidas - o metanol é um álcool que não deveria estar em bebidas de consumo humano. O que a gente bebe normalmente é etanol. A diferença?
- Etanol: álcool das bebidas convencionais, em quantidades controladas é o que a gente conhece
- Metanol: altamente tóxico, usado como solvente industrial - não é pra ser ingerido de jeito nenhum
O grande perigo é que, visualmente, você não consegue distinguir. A bebida adulterada parece igual à original. Só descobre o problema quando os sintomas começam a aparecer.
Sinais de alerta que merecem atenção
Se alguém bebeu alguma coisa e começa a sentir esses sintomas, é correr para o hospital:
- Visão embaçada ou turva - as coisas ficam meio esfumaçadas
- Dor de cabeça que não passa com remédio comum
- Tontura e náuseas, aquela sensação de que tudo está girando
- Em casos mais graves, convulsões e perda de consciência
O tempo aqui é crucial. Quanto antes a pessoa receber atendimento, maiores as chances de recuperação.
E as autoridades, o que estão fazendo?
A Secretaria da Saúde não está de braços cruzados. Eles emitiram um alerta para todas as unidades de saúde, públicas e privadas, orientando sobre a notificação imediata de casos suspeitos. É aquela coisa: quando o assunto é saúde pública, prevenir é sempre melhor - e mais barato - que remediar.
Além disso, a Vigilância Sanitária deve intensificar a fiscalização em estabelecimentos que comercializam bebidas alcoólicas. Mercado informal, feiras livres, botecos duvidosos - todos na mira.
Particularmente, acho que a população também tem um papel importante nisso. Desconfiou de preço muito baixo? Da aparência da embalagem? Melhor não arriscar. Sua vida vale mais que alguns reais economizados.
Um apelo que vai além do óbvio
Enquanto escrevo isso, não consigo deixar de pensar nas famílias afetadas. Pessoas que saíram para se divertir, para comemorar alguma coisa, ou simplesmente para relaxar depois de um dia difícil, e acabaram nessa situação.
É frustrante saber que, em pleno 2025, ainda precisamos lidar com problemas tão primários quanto bebidas adulteradas. Parece que alguns aprendizamos nada com as tragédias do passado.
O que me deixa mais indignado é que isso não é um acidente - é uma escolha consciente de quem coloca o lucro acima da vida humana. E contra essa mentalidade, só nos resta ficarmos espertos e cobrarmos ações efetivas das autoridades.
Enquanto isso, a recomendação é clara: compre bebidas apenas em estabelecimentos confiáveis, observe bem as embalagens e, na menor suspeita, não consuma. Sua saúde - e sua vida - agradecem.