
Parece que o algoritmo do TikTok está com a mão pesada - e no lugar errado. Um relatório que circula por aí está causando frisson nos círculos de segurança digital, e não é pra menos. A plataforma, aquela que todo mundo conhece pelos vídeos curtos e dancinhas, está sendo acusada de algo bastante sério: recomendar conteúdo sexual e até pornográfico para crianças.
Não é brincadeira não. A pesquisa, conduzida pela organização de direitos humanos Global Witness em parceria com a revista suíça Tamedia, jogou luz sobre uma realidade preocupante. Eles criaram perfis fictícios de usuários com 13 anos - a idade mínima permitida pela plataforma - e deixaram o algoritmo fazer seu trabalho.
O que os pesquisadores descobriram?
Os resultados? Bem, foram de deixar qualquer pai de cabelo em pé. Em apenas 30 minutos de uso, os perfis infantis começaram a receber recomendações de vídeos com:
- Conteúdo sexualmente sugestivo e explícito
- Material que beirava a pornografia
- Sugestões de contas com foco em temas adultos
O pior de tudo? Isso aconteceu mesmo sem os perfis buscarem por esse tipo de conteúdo. O algoritmo, por conta própria, decidiu que era uma boa ideia mostrar essas coisas para crianças. Me pergunto que tipo de lógica distorcida está por trás dessas recomendações.
A resposta da plataforma
O TikTok, como era de se esperar, veio a público se defender. Eles afirmam que têm políticas rígidas contra conteúdo sexual explícito e que removem violações quando identificadas. Mas cá entre nós - será que essas medidas são suficientes?
A plataforma até mencionou seus "esforços contínuos" para manter a comunidade segura, especialmente para os usuários mais jovens. No entanto, os resultados da investigação parecem contar uma história diferente. É aquela velha história: as ações falam mais alto que as palavras.
Um problema que se repete
O que mais preocupa nisso tudo é que não é a primeira vez que o TikTok se mete em encrencas por questões de segurança infantil. A plataforma já foi multada em setembro do ano passado nos Estados Unidos - uma multa nada simpática, diga-se de passagem.
Agora, com esse novo relatório, a pressão só aumenta. Especialistas em proteção infantil estão dando o alerta: precisamos de mais transparência sobre como esses algoritmos funcionam e, principalmente, de garantias reais de que nossas crianças estão seguras online.
No fim das contas, fica a pergunta: até que ponto podemos confiar nas promessas das redes sociais quando o assunto é proteger nossos filhos? A resposta, pelo visto, ainda está longe de ser satisfatória.