Alerta Nacional: Casos de Intoxicação por Metanol em Bebidas Disparam em SP e Pode Virar Surto
Alerta: Intoxicação por metanol em bebidas pode virar surto em SP

A situação é, para ser sincero, bastante preocupante. Um fantasma que parecia afastado volta a assombrar os botecos e adegas do interior paulista. A Secretaria Nacional de Vigilância em Saúde emitiu um alerta sério, daqueles que fazem a gente prestar atenção, sobre uma escalada repentina – e perigosa – de casos de intoxicação por metanol em bebidas artesanais, especialmente na região de Campinas.

E o pior? A coisa toda tem uma cara feia de que pode evoluir para um surto de verdade. Não é exagero. O aviso veio direto do topo, do secretário nacional Ethel Maciel, durante uma coletiva nesta sexta-feira (27). A fala foi clara: estamos diante de um aumento significativo de notificações, e a vigilância precisa ser redobrada.

Onde Está o Perigo?

O problema mora, veja só, na falsificação ou na produção caseira sem os devidos cuidados. O metanol, um álcool tóxico que não deveria estar ali, acaba sendo usado – seja por erro, seja por má-fé – como substituto barato do etanol em drinks, licores e até naquela cachaça de alambique que parece tão inofensiva. A diferença? É venenosa. Pode levar à cegueira, coma e, nos casos mais graves, ao óbito. Um risco silencioso, que chega disfarçado de bebida alcoólica comum.

Os sintomas iniciais, aliás, são traiçoeiros. Eles mimetizam uma embriaguez comum, mas rapidamente evoluem para algo muito pior: forte dor de cabeça, tontura, náuseas, vômitos e uma perturbação visual que serve como um sinal de alerta vermelho. Se alguém passar mal depois de consumir uma bebida, a orientação é não pensar duas vezes: buscar atendimento médico imediatamente. Cada minuto conta.

Uma Ameaça que Não Respeita Fronteiras

O que assusta os especialistas é o padrão. Os casos não estão concentrados num único ponto, o que sugere uma contaminação possivelmente distribuída, talvez por lotes específicos que circularam por diferentes municípios. A Secretaria de Saúde de São Paulo já foi acionada e trabalha, agora, numa força-tarefa para rastrear a origem desses produtos. É uma corrida contra o tempo para impedir que novas pessoas sejam atingidas.

Maciel foi enfático ao pedir cautela à população. A recomendação principal é simples, mas vital: evitar o consumo de bebidas de origem duvidosa. Aquela garrafa sem rótulo, aquele licour caseiro comprado na beira da estrada, a cachaça de um produtor desconhecido. Na dúvida, o melhor é abrir mão. A sua saúde – e a de quem você ama – vale muito mais.

Enquanto isso, os órgãos de fiscalização estão de olho. A expectativa é que, com a investigação em andamento, a fonte do problema seja identificada e contida rapidamente. Mas, até lá, o recado é de alerta máximo. A gente torce para que as autoridades consigam controlar isso antes que vire, de fato, uma crise maior.