
Não é brincadeira: o sarampo voltou a assustar no Norte do país. E no Acre, especialmente nas cidades que dividem a fronteira com a Bolívia, a coisa tá séria. As secretarias de saúde locais — que já estavam de olho — agora correm contra o tempo para vacinar o máximo de pessoas possível.
Segundo fontes do governo estadual, pelo menos cinco municípios acreanos entraram em "modo emergência" depois que alguns casos foram confirmados do lado boliviano. A preocupação? Aquele velho problema de fronteira: vírus não respeitam mapas.
Onde a vacinação está mais intensa
- Brasiléia — postos montados até em feira livre
- Epitaciolândia — caminhões de som avisando sobre os locais
- Assis Brasil — equipes indo de casa em casa na zona rural
"Tem gente que acha que sarampo é doença do passado, mas quando aparece um surto assim, a gente vê o susto no rosto das pessoas", comenta Maria dos Santos, enfermeira há 15 anos na região. Ela mesma já aplicou mais de 200 doses só nesta semana — e olha que é quarta-feira.
Quem precisa correr para se vacinar?
Se você é daqueles que:
- Nasceu depois de 1990
- Só tomou uma dose na vida
- Nunca viu sua carteirinha de vacinação
...melhor dar um pulinho no posto. A segunda dose é crucial, sabia?
Ah, e tem mais: os sintomas iniciais parecem gripe (febre, tosse), mas aquele rash cutâneo — aquelas manchinhas vermelhas — é a assinatura da doença. Se aparecer, corre pro médico, não fica esperando "passar sozinho".
Enquanto isso, nas ruas de Brasiléia, o movimento é intenso. "Vim trazer meus netos porque ouvi no rádio", diz o seu Manoel, 68 anos, esperando na fila sob o sol de 35°C. "Melhor suar aqui do que no hospital depois", completa, filosofando como só os experientes sabem.