
O Censo Demográfico 2022, divulgado pelo IBGE, trouxe um retrato revelador da transformação familiar no Brasil: o país está tendo menos filhos e o número de mães também diminuiu significativamente. Os dados apontam para uma mudança estrutural na sociedade brasileira, influenciada por fatores econômicos, culturais e de acesso à informação.
Queda histórica na fecundidade
A taxa de fecundidade no Brasil atingiu 1,62 filho por mulher, abaixo do nível de reposição populacional (2,1). Esse é o menor índice já registrado na história do país e reflete uma tendência global de envelhecimento populacional.
Principais causas da redução:
- Aumento da participação feminina no mercado de trabalho
- Custos elevados para criar filhos
- Maior acesso a métodos contraceptivos
- Mudanças nos projetos de vida das mulheres
- Instabilidade econômica
Menos mulheres se tornam mães
O censo mostrou que a proporção de mulheres que são mães caiu de 58,1% em 2010 para 53,5% em 2022. Entre as jovens de 20 a 24 anos, a queda foi ainda mais acentuada: de 36,9% para 28,6% no mesmo período.
Perfil das mães brasileiras hoje:
As mulheres que optam pela maternidade estão tendo filhos mais tarde. A idade média para ter o primeiro filho subiu para 27,3 anos, contra 25,1 anos em 2010. Além disso, cresceu o número de mães com ensino superior completo.
Impactos para o futuro do país
Essa mudança demográfica traz desafios importantes:
- Envelhecimento acelerado da população
- Pressão sobre o sistema previdenciário
- Mudanças no mercado de consumo
- Necessidade de políticas públicas adaptadas
Especialistas alertam que o Brasil precisa se preparar para essa nova realidade demográfica, que exigirá ajustes em diversas áreas da economia e da sociedade.