Parece um verdadeiro vai-e-vem populacional, não é? Os números mais recentes do IBGE pintam um cenário fascinante — e um tanto contraditório — para o Amazonas. De um lado, o estado segue como um ímã, puxando gente de cantos como Roraima e Pará. Do outro, uma galera não pequena tá pegando a estrada rumo aos estados do Sul, em busca de quem sabe uma vida nova.
Não é de hoje que a região Norte vive esse balé de entradas e saídas. Mas os detalhes é que surpreendem. Só no ano passado, o Amazonas recebeu um saldo positivo de mais de 2.600 pessoas. Gente que viu ali, no coração da Amazônia, uma oportunidade de recomeçar. A maioria esmagadora veio mesmo dos estados vizinhos, o que faz todo o sentido — logística mais fácil, cultura similar, aquele jeito conhecido de viver.
O Outro Lado da Moeda: A Atração do Sul
Agora, segura aí. Se por um lado o Amazonas ganha moradores, por outro, ele também perde. E não é pouco. A pesquisa mostra que Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul viraram uma espécie de terra prometida para milhares de amazonenses. Quase 6.500 pessoas decidiram trocar o Norte pelo Sul em 2023. Um número que não dá pra ignorar.
O que será que tá levando tanta gente pra longe? O IBGE não entra nos porquês de cada um — até porque motivo é coisa que varia de pessoa pra pessoa —, mas é fácil imaginar. A busca por emprego, por salários melhores, por uma infraestrutura mais robusta… coisas que, convenhamos, pesam na hora de escolher onde plantar raízes.
E No Meio de Tudo Isso, Manaus
Claro, não dá pra falar do Amazonas sem mencionar sua capital. Manaus é aquela metrópole pulsante no meio da floresta, e com certeza deve ser um dos principais polos de atração dentro do estado. Quem chega de Roraima ou do Pará muito provavelmente tem a cidade grande como destino final. A Zona Franca, o polo industrial, a vida cultural… tudo isso conta.
Mas mesmo com todo esse movimento, o estado ainda registrou um crescimento populacional modesto no último ano. Ficou em 0.52%, abaixo da média nacional. Um sinal de que, apesar de receber bem, o Amazonas ainda não consegue segurar todo mundo. A migração interestadual, afinal, é um jogo de duas pontas.
No fim das contas, os dados do IBGE mostram mais do que números. Mostram histórias. Histórias de quem chega cheio de esperança e de quem parte em busca de algo diferente. O Amazonas, com sua grandiosidade e seus desafios, continua sendo um palco importante dessas trajetórias humanas.
