
Parece coisa de filme de ficção científica, mas é a pura realidade do judiciário brasileiro. Um trilhão de reais. Sim, você leu certo. É um número tão grande que quase não cabe na cabeça — mas está lá, pesando sobre o sistema trabalhista do país.
Quem fez as contas foi ninguém menos que o professor Samuel Pessôa, da Fundação Getúlio Vargas. E olha, os números são de deixar qualquer um de queixo caído.
Como chegamos a essa montanha de dinheiro?
Pois é, a pergunta que não quer calar. O professor explica que esse cálculo considera tudo que está rolando atualmente nos tribunais trabalhistas Brasil afora. Desde aquela ação por horas extras não pagas até casos mais complexos de demissão sem justa causa.
O negócio é tão sério que, se fosse dividir esse valor pela população adulta do país, daria mais ou menos R$ 7.500 para cada brasileiro. Imagina só!
E tem mais...
O que mais assusta — pelo menos pra mim — é que esse valor não para de crescer. Todo ano, entram mais ações do que saem. É como tentar enxugar gelo: você se esforça, mas o resultado nunca vem.
E não pense que são só as grandes empresas que estão nessa fria. Pequenos e médios empresários também estão nadando nesse mar de processos. Muitos, inclusive, fecham as portas por não conseguirem arcar com as condenações.
E as reformas trabalhistas? Não ajudaram?
Boa pergunta. A reforma de 2017 veio com a promessa de reduzir essa enxurrada de processos, mas a verdade é que o grosso das ações já estava lá, acumulando poeira — e juros.
O professor foi direto ao ponto: "A reforma pode até ter diminuído o número de processos novos, mas o estoque continua lá, enorme". E com a inflação correndo solta, esse valor só faz aumentar.
É aquela velha história: quando você pensa que está conseguindo controlar a situação, aparece mais um problema pra complicar.
E agora, José?
O que fazer com esse rombo bilionário? Alguns especialistas defendem mais reformas. Outros acham que precisamos melhorar a gestão dos tribunais. Tem ainda quem diga que o problema começa muito antes, na relação entre patrões e empregados.
Uma coisa é certa: ignorar um problema desse tamanho é como fingir que não vê um elefante na sala. Pode até funcionar por algum tempo, mas mais cedo ou mais tarde alguém vai tropeçar nele.
Enquanto isso, os números continuam subindo. E o trilhão? Bem, esse parece ser só o começo.