Greve de 200 motoristas terceirizados da Comlurb paralisa coleta no Rio
Motoristas da Comlurb entram em greve por direitos trabalhistas

Cerca de duzentos motoristas terceirizados responsáveis pela operação dos caminhões de limpeza urbana da Comlurb iniciaram uma greve na manhã desta segunda-feira, dia 1º. A paralisação afeta diretamente os serviços de coleta em regiões centrais da cidade do Rio de Janeiro.

Motivos da paralisação e principais reivindicações

De acordo com o sindicato que representa a categoria, os trabalhadores decidiram cruzar os braços para exigir o cumprimento de direitos básicos. As demandas centrais são claras e diretas. O pagamento do adicional de insalubridade, previsto em lei para atividades em condições prejudiciais à saúde, é uma das bandeiras. Outro ponto crucial é a quitação das horas extras trabalhadas e não remuneradas.

Além disso, os motoristas reivindicam um aumento no valor da cesta básica fornecida pela empresa. O valor atual, de R$ 211, é considerado insuficiente, e a categoria exige que ele seja ajustado para R$ 260. A assembleia que decidiu pela greve ocorreu na garagem da Estrada do Engenho D'água, localizada em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio.

Áreas afetadas e resposta da empresa

A paralisação tem impacto imediato em bairros importantes. Segundo a representação sindical, os motoristas em greve atuam nas rotas de coleta do Centro e das zonas Sul e Sudoeste da cidade. Isso significa que milhares de residências e estabelecimentos comerciais nessas regiões podem ter o serviço de limpeza urbana interrompido ou prejudicado.

Procurada, a Comlurb emitiu uma nota informando sobre a situação. A empresa municipal esclareceu que a terceirizada responsável pela coleta na região é quem mantém o contato direto com os grevistas e o sindicato. Paralelamente, a administração pública já está tomando providências para minimizar os transtornos à população.

A Comlurb afirmou que está elaborando um plano de contingência com o objetivo de garantir que os roteiros de coleta dos bairros envolvidos não sofram grandes prejuízos. No entanto, não foram divulgados detalhes sobre como esse plano será executado na prática.

Contexto e próximos passos

Greves no setor de limpeza urbana destacam a tensão constante nas relações de trabalho, especialmente quando envolvem funcionários terceirizados. A busca por melhores condições e o respeito aos acordos trabalhistas são os motores principais desse tipo de mobilização.

O desfecho da paralisação agora depende das negociações entre a empresa terceirizada, os representantes dos motoristas e o sindicato. Enquanto isso, os cidadãos cariocas das áreas mencionadas devem ficar atentos a possíveis alterações no cronograma habitual de coleta de lixo. A situação reforça a importância dos serviços essenciais e dos direitos daqueles que os realizam.