Greve do Metrô do Recife toma novo rumo: presidente de sindicato é detido pela Polícia Civil
Greve do Metrô: presidente de sindicato é detido

O cenário de tensão no Metrô do Recife ganhou um novo capítulo nesta segunda-feira (3) com a detenção do presidente do Sindicato dos Metroviários, Edvaldo Pedro da Silva, conhecido como Dadá. A ação foi realizada pela Polícia Civil de Pernambuco durante uma assembleia dos trabalhadores, no pátio da empresa, localizado no bairro da Imbiribeira, na Zona Sul da capital.

Operação policial durante assembleia

De acordo com informações oficiais, a prisão ocorreu por volta das 10h30 e foi executada pelo Departamento de Repressão aos Crimes Patrimoniais (DRCP). A base legal para a ação seria um mandado de prisão preventiva expedido pela Justiça, atendendo a um pedido do Ministério Público do Trabalho (MPT).

O caso tem como pano de fundo uma denúncia grave: a acusação de que trabalhadores estariam sendo impedidos de exercer suas funções por aqueles que aderiram à greve. A investigação apura supostos atos de intimidação contra funcionários que manifestaram interesse em cruzar os braços da paralisação.

Greve completa 11 dias com impacto na população

Enquanto isso, a paralisação completa 11 dias, mantendo o sistema totalmente parado e afetando milhares de usuários que dependem do metrô para seus deslocamentos diários. A categoria reivindica principalmente o reajuste salarial de 8%, enquanto a empresa oferece 5,5%.

As negociações entre as partes permanecem travadas, e a detenção do líder sindical tende a acirrar ainda mais os ânimos no conflito. A situação preocupa autoridades e a população, que aguardam uma solução para a retomada do serviço essencial de transporte.

O que diz a defesa

A defesa de Dadá ainda não se manifestou oficialmente sobre a detenção. Espera-se que os advogados apresentem recursos judiciais para reverter a prisão preventiva. O sindicato, por sua vez, deve se pronunciar sobre o ocorrido e os próximos passos do movimento grevista.