Greve de motoristas de ônibus paralisa 15 bairros em São Luís
Greve de ônibus em São Luís atinge 15 bairros

Paralisação afeta milhares de passageiros na capital maranhense

Os motoristas de ônibus da empresa 1001 mantiveram a greve neste sábado (22) em São Luís, causando transtornos no transporte público de 15 bairros da capital. O movimento reivindica o pagamento de salários atrasados e já afeta milhares de usuários que dependem do sistema coletivo.

Sindicato ameaça greve geral

O Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Maranhão (Sttrema) enviou um ofício na sexta-feira (21) dando um prazo de 72 horas úteis para que a empresa quite todos os débitos salariais. Caso o prazo não seja cumprido, a entidade promete deflagrar uma greve geral na próxima quinta-feira (27), que poderá paralisar todo o sistema de transporte urbano de São Luís.

De acordo com o sindicato, os atrasos nos pagamentos têm sido frequentes e prejudicam diretamente os trabalhadores, além de comprometer a qualidade do serviço oferecido à população. A situação já se arrasta há semanas, gerando insatisfação tanto entre os profissionais quanto entre os passageiros.

Bairros afetados pela paralisação

A greve atual atinge especificamente as linhas que atendem os seguintes 15 bairros:

  • Ribeira
  • Vila Kiola
  • Vila Itamar
  • Tibiri
  • Cohatrac
  • Parque Jair
  • Parque Vitória
  • Alto do Turu
  • Vila Lobão
  • Vila Isabel Cafeteira
  • Vila Esperança
  • Pedra Caída
  • Recanto Verde
  • Forquilha
  • Ipem Turu

Impasses judiciais complicam solução

A Prefeitura de São Luís afirmou que está tentando novamente obter autorização judicial para depositar valores do subsídio destinados ao pagamento das parcelas atrasadas. O prefeito Eduardo Braide (PSD) declarou que pretende depositar o valor diretamente em uma conta da Justiça para garantir o pagamento dos salários, conforme acordo firmado no início do ano.

No entanto, após ter o pedido barrado em primeira instância, o Município protocolou um novo pedido diretamente no Tribunal Regional do Trabalho da 16ª Região (TRT-MA). A primeira ação havia sido extinta porque, segundo a juíza responsável, apenas o TRT-16 pode analisar questões ligadas à greve, às decisões liminares e ao dissídio coletivo.

Com isso, a Prefeitura ficou impedida de depositar R$ 2 milhões anunciados e enfrenta mais um entrave para efetivar o repasse. A administração municipal argumenta que não deveria haver greve, uma vez que o subsídio pago deveria ser utilizado exclusivamente para o pagamento dos salários dos trabalhadores.

Enquanto as negociações seguem, a Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT) informou que continua acompanhando as tratativas e manterá o programa de vouchers para corridas por aplicativo durante a paralisação no transporte público.