Malafaia chama prisão de Bolsonaro de injustiça e covardia
Malafaia critica prisão de Bolsonaro como injustiça

O pastor Silas Malafaia utilizou suas redes sociais neste sábado, 22 de novembro de 2025, para criticar veementemente a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro. Em um vídeo publicado nas plataformas digitais, o líder religioso dirigiu duras palavras ao ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, responsável pela decisão.

Críticas ao ministro do STF

Malafaia não poupou adjetivos ao se referir à determinação judicial que resultou na prisão de Bolsonaro. O pastor classificou a ação como um ato de "injustiça, covardia e maldade", demonstrando total apoio ao ex-presidente. Em seu discurso, o religioso sugeriu que existem motivações políticas por trás da medida.

O evangélico afirmou que a prisão de Bolsonaro estaria relacionada ao recente escândalo do Banco Master, cujo proprietário Daniel Vorcaro foi detido na última semana durante uma operação da Polícia Federal. Segundo Malafaia, a decisão judicial serviria como uma estratégia para desviar a atenção pública do caso bancário.

Contexto da prisão

A prisão preventiva de Jair Bolsonaro foi decretada após o ex-presidente violar o uso da tornozeleira eletrônica que utilizava em regime de prisão domiciliar. O ministro Alexandre de Moraes fundamentou sua decisão mencionando também posts do senador Flávio Bolsonaro que convocavam uma vigília pela "saúde de Bolsonaro e liberdade do Brasil".

Na avaliação do ministro do STF, essas publicações configuravam o "mesmo modus operandi" empregado pela organização criminosa que tentou dar um golpe de Estado em janeiro de 2023. A referência direta aos eventos antidemocráticos daquele período reforçou a justificativa para a medida mais severa.

Repercussão política

A manifestação de Silas Malafaia ocorreu durante um período de intensa polarização política no país. O pastor já havia participado de manifestações bolsonaristas pela anistia em 7 de setembro de 2025, conforme registro fotográfico de Nelson Almeida para a AFP.

A posição do líder religioso reflete o alinhamento de parte significativa das lideranças evangélicas com o ex-presidente, mantendo-se como uma voz influente entre seus seguidores. As declarações de Malafaia amplificam a controvérsia em torno do caso, alimentando o debate público sobre a atuação do Poder Judiciário em processos envolvendo figuras políticas.

O episódio demonstra a continuidade das tensões entre apoiadores de Bolsonaro e instituições democráticas, especialmente o STF, que permanece no centro das críticas de setores conservadores. A situação atual representa mais um capítulo na série de confrontos entre o ex-presidente e o ministro Alexandre de Moraes.