Lula defende soberania alimentar em discurso na FAO: 'Um país que não alimenta seu povo não é livre'
Lula na FAO: soberania alimentar é essencial

Roma estava particularmente quente nessa quinta-feira, mas o calor que realmente importava vinha das palavras do presidente brasileiro. Lula, com aquela voz grave que todo mundo reconhece, soltou uma daquelas frases que a gente não esquece mais. "Um país soberano", ele disse, pausando dramaticamente, "é um país capaz de alimentar o seu povo". Simples assim. E profundo.

O auditório da FAO — aquela organização da ONU que cuisa da alimentação — ficou em silêncio. Você podia ouvir o ar-condicionado funcionando, mas a atenção mesmo estava toda no homem que já foi metalúrgico e hoje representa o nono maior país do mundo.

O que realmente significa ser soberano

Lula foi direto ao ponto, como sempre faz quando o assunto é sério. Soberania não é só about bandeira, hino ou exército. É sobre garantir que nenhuma criança vá dormir com fome. É sobre ter políticas públicas que funcionam na prática, não só no papel.

"Não adianta ter um território gigantesco, recursos naturais abundantes, se o povo passa necessidade", disparou ele, com aquela convicção que só quem já sentiu na pele sabe transmitir.

O Brasil como exemplo

O presidente não veio só para dar lições — trouxe exemplos concretos do que o Brasil tem feito. Programas de alimentação escolar que beneficiam milhões de crianças. Apoio real à agricultura familiar, aqueles pequenos produtores que são a espinha dorsal do nosso campo.

E sabe o que é mais interessante? Ele falou com números na ponta da língua. Quantas famílias foram atendidas, quantas toneladas de alimentos foram distribuídas. Coisas que mostram que não é discurso vazio.

A fome não espera

Lula foi incisivo sobre a urgência do tema. "A fome não pode esperar por ciclos econômicos ou por condições ideais", afirmou, com a voz carregada de emoção. "É agora ou nunca."

E fez questão de lembrar que o combate à fome não é caridade — é obrigação de qualquer governo que se preze. É investimento no futuro, na saúde, na educação, no desenvolvimento do país.

Críticas veladas e esperança

Entre as linhas, dava para perceber algumas críticas ao governo anterior. Sem mencionar nomes, claro, mas deixando claro que algumas políticas foram abandonadas e precisavam ser retomadas com urgência.

Mas o tom geral era de esperança. De acreditar que é possível, sim, erradicar a fome. O Brasil já mostrou que dá, agora é manter o ritmo e melhorar sempre.

No final, o que ficou foi a sensação de que estávamos ouvindo não um político fazendo discurso, mas um homem falando sobre algo que realmente importa. Algo básico, fundamental: ninguém deveria passar fome. E qualquer país que queira se chamar de soberano precisa garantir isso primeiro.