O Cadastro Único para programas sociais do governo federal registrou um crescimento expressivo na região do Alto Tietê ao longo da última década. Os números mostram que o total de famílias cadastradas mais que dobrou, saltando de 145.103 em 2015 para 296.731 em 2025.
Crescimento recorde nos municípios
O aumento de 104% no número de cadastros foi verificado em todas as dez cidades da região, porém alguns municípios se destacaram pela velocidade da expansão. Ferraz de Vasconcelos lidera o ranking com crescimento extraordinário de 175,4%, passando de 11.519 para 31.721 famílias cadastradas.
Suzano também apresentou números significativos, com registros mais que dobrando em dez anos - de 24.770 para 55.303 famílias, representando alta de 123,3%.
Itaquaquecetuba mantém a posição de município com maior número absoluto de cadastros: 79.213 famílias em 2025, após crescimento de 112,9% na década.
Mogi das Cruzes, que já partia de uma base elevada, avançou 88,5% e chegou a 66.633 famílias inscritas no Cadastro Único.
Panorama social da região
Em termos de pessoas registradas, o Alto Tietê passou de 445.241 para 676.606 inscritos em dez anos, aumento de 51,9%. Os dados de 2025 revelam a distribuição dessa população por faixas de renda, destacando o peso da pobreza na região.
Itaquaquecetuba, que concentra o maior volume de cadastros, tem 180.370 pessoas registradas, sendo que 91.046 vivem em situação de pobreza. Outras 40.036 se enquadram como baixa renda e 49.288 recebem acima de meio salário mínimo.
Mogi das Cruzes soma 151.154 inscritos, com 78.578 em pobreza, 33.255 na faixa de baixa renda e 39.321 acima de meio salário.
Ferraz de Vasconcelos reúne 71.546 cadastrados, dos quais 34.214 são pobres, 16.112 estão na baixa renda e 21.220 têm renda superior a meio salário mínimo.
Retrato da vulnerabilidade regional
No consolidado regional, o Alto Tietê tem 328.023 pessoas em situação de pobreza - quase metade de todos os cadastrados no sistema. Outras 151.909 estão classificadas como baixa renda, e 196.674 têm renda superior a meio salário mínimo.
Os dados demonstram a importância do Cadastro Único como ferramenta fundamental para identificar e auxiliar famílias em situação de vulnerabilidade social na região.
O CadÚnico serve como porta de entrada para mais de 40 programas sociais do governo federal, incluindo Bolsa Família, Tarifa Social de Energia Elétrica, Auxílio Gás e Minha Casa Minha Vida.