
Finalmente uma notícia que vai fazer muitos agentes de segurança respiraram mais aliviados — e com o bolso mais cheio. O Governo do Distrito Federal acaba de fechar um acordo histórico com a Polícia Civil, garantindo um reajuste salarial acumulado de 27% que será implementado em duas etapas até 2026.
Parece bom demais para ser verdade? Mas é a mais pura realidade. O secretário de Segurança Pública, Iago Carvalho, anunciou pessoalmente o acordo nesta terça-feira, deixando claro que valorizar quem está na linha de frente da segurança é prioridade máxima.
Como vai funcionar na prática?
O aumento não vem de uma vez só — e isso até faz sentido, considerando a complexidade da máquina pública. A primeira leva do reajuste, de 17%, já tem data marcada: entra em vigor a partir de 1º de janeiro de 2026. Já a segunda parcela, de 10%, chega um ano depois, em janeiro de 2027.
Agora, vamos aos números que realmente importam. Um agente da PCDF, por exemplo, que hoje recebe R$ 7.527, vai saltar para R$ 8.807 no próximo ano. Em 2027, alcançará a marca de R$ 9.688. Não é pouca coisa, convenhamos.
E os outros cargos?
- Escrivães: Atual: R$ 9.245 → 2026: R$ 10.817 → 2027: R$ 11.899
- Investigadores: Atual: R$ 10.597 → 2026: R$ 12.398 → 2027: R$ 13.638
- Delegados: Atual: R$ 22.736 → 2026: R$ 26.601 → 2027: R$ 29.261
Os números falam por si só, mas o que realmente impressiona é o timing. Num momento onde se fala tanto em austeridade fiscal, o governo conseguiu encontrar espaço no orçamento para esse investimento. Algo raro nos dias de hoje, não é mesmo?
O que vem por aí?
O acordo já está assinado, mas ainda precisa passar pela Assembleia Legislativa. O projeto de lei deve ser enviado ainda este mês — e a expectativa é que a tramitação seja rápida, dada a importância do tema.
Iago Carvalho não esconde o otimismo. Em suas próprias palavras, esse reajuste "reflete o compromisso do governo com a segurança pública e com quem diariamente arrisca a vida para proteger a população". Soa como discurso político? Até pode, mas quando o discurso vem acompanhado de aumento real no contracheque, a coisa muda de figura.
É inegável que a categoria merece. Basta lembrar dos últimos anos: inflação corroendo o poder de compra, custo de vida nas alturas em Brasília, e uma carga de trabalho que só aumenta. Esse aumento, digamos assim, chega com gosto de vitória — ainda que tardia.
Resta agora torcer para que a ALDF faça sua parte rapidamente. Porque no mundo real, as contas não esperam. E os policiais civis já esperaram tempo demais.