Secretário de Saúde faz balanço de 7 meses: o que mudou de verdade no DF?
Saúde no DF: balanço de 7 meses de gestão

Já se vão sete meses — tempo suficiente para fazer um balanço que vai além dos números frios. O secretário de Saúde do Distrito Federal, Luciano de Albuquerque, resolveu abrir o jogo sobre o que encontrou, o que mudou e para onde pretende levar a pasta nos próximos tempos.

E olha, a conversa foi daquelas que rende. Não foi aquela fala ensaiada de sempre, mas um papo reto, com altos e baixos — como a vida real, sabe?

O que melhorou de concreto?

Primeiro, vamos ao que interessa: o que de fato mudou nesse período? O secretário foi direto ao ponto. A redução no tempo de espera por consultas e exames aparece como uma das principais conquistas. Mas não foi mágica — foi trabalho duro de reorganização interna.

"Quando cheguei, encontrei uma fila que dava dó", admite Luciano. "Mas conseguimos enxugar esses prazos de forma significativa. Ainda não é o ideal, mas já é outra história."

O calcanhar de aquiles: a atenção básica

Aqui é onde a coisa complica — e muito. A atenção básica, aquela que deveria ser a base de tudo, ainda patina. O secretário não disfarça: "É nosso maior desafio. Precisamos fortalecer as unidades básicas, senão o sistema hospitalar vai continuar sobrecarregado."

E ele tem razão. Quem nunca viu alguém indo para o pronto-socorro com problema que poderia ser resolvido no postinho?

Metas para os próximos meses

O que vem por aí? Luciano enumera três prioridades que parecem óbvias, mas que na prática são um quebra-cabeça:

  • Humanização do atendimento — porque números sem cuidado humano não salvam ninguém
  • Melhoria na gestão de leitos — aquela velha história de ter vaga quando precisa
  • Fortalecimento da rede de apoio — para desafogar os hospitais

"Não adianta ter equipamento moderno se o paciente não se sente acolhido", reflete. E cá entre nós, ele tem toda a razão.

O elefante na sala: a política

Não dá para falar de gestão pública sem mencionar a pressão política. Luciano reconhece que é um jogo de xadrez complexo. "Cada decisão tem múltiplos olhares. O técnico, o político, o social..."

Mas ele garante que a saúde do cidadão vem em primeiro lugar. Será? O tempo — e os resultados — dirão.

No final das contas, sete meses é pouco tempo para virar o jogo na saúde. Mas é tempo suficiente para mostrar a direção. E pelo que se vê, pelo menos a bússola parece estar apontando para o lugar certo.

Resta saber se o caminho será seguido — e se trará os resultados que a população tanto espera.