O cenário político de Roraima acordou mais triste nesta terça-feira. Aos 41 anos, a vereadora Tuti Lopes nos deixou — e que vazio ela leva consigo. A notícia chegou como um soco no estômago para quem acompanhava seu trabalho na Câmara Municipal de Boa Vista.
Pneumonia. Uma palavra tão comum, mas com consequências tão brutais. Foi essa infecção respiratória que tirou a vida da parlamentar, após dias de internação no Hospital Geral de Roraima. Ela lutou, é claro — quem conhecia Tuti sabe que ela não era de desistir fácil.
Uma trajetória interrompida no auge
O que dizer de uma carreira cortada pela metade? Tuti estava no primeiro mandato como vereadora, eleita com 681 votos — cada um deles, uma esperança depositada. Antes da política institucional, ela já fazia diferença como coordenadora pedagógica na Secretaria de Educação do estado. Educação sempre foi sua paixão, seu norte.
E agora? A Câmara Municipal emitiu nota de pesar — palavras solenes que tentam, sem sucesso, dimensionar a perda. Os colegas de parlamento falam da "lacuna irreparável", mas a verdade é que nenhum adjetivo consegue capturar o que significava ter Tuti naqueles corredores.
O legado que permanece
Além dos projetos de lei e das discussões parlamentares, o que fica é a memória de uma mulher que acreditava no serviço público. Alguém que, nas palavras de quem trabalhou com ela, "nunca media esforços quando se tratava de ajudar sua comunidade".
Boa Vista chora. Roraima perde uma de suas vozes mais promissoras. E a família — ah, a família — recebe o abraço apertado de uma cidade inteira que compartilha sua dor.
Restam as lembranças, os projetos inacabados, a sensação de que 41 anos eram pouquíssimo tempo para tudo o que Tuti Lopes ainda tinha para oferecer. Descanse em paz, vereadora.
