
Parece que a política amazonense resolveu dar um espetáculo à parte durante as comemorações dos 173 anos de Parintins. E não, não foi do tipo que agrada o público.
Numa cena que mais parecia roteiro de novela — mas infelizmente era realidade — o vereador Rômulo Sampaio (PSD) precisou ser literalmente arrastado para fora do palco montado na Praça do Caju, no coração da cidade. E olha que não foi por falta de aviso.
O que exatamente aconteceu?
A coisa começou a ficar feia quando o presidente da Câmara, bipeiro Sampaio (sim, o mesmo sobrenome, mas sem parentesco), deu aquela dica educada: "Rômulo, desce daí, seu tempo acabou". Só que o vereador fez ouvidos de mercador. Continuou firme e forte no microfone como se ninguém tivesse falado nada.
E aí, meu amigo, a situação degringolou de vez. Dois seguranças — aqueles caras grandalhões que você não gostaria de encontrar num dia ruim — subiram no palco e começaram aquela conversinha de "por favor, senhor vereador, vamos resolver isso na boa". Só que o político não tava nem aí.
A hora H da confusão
O que se seguiu foi digno de vídeo viral. Os seguranças tentaram conduzir Rômulo Sampaio pela porta dos fundos do palco, mas ele simplesmente deu uma voltinha e reapareceu pela frente, igual daqueles jogos de whack-a-mole. A plateia, pasmem, começou a vaiar. E não era pouco não.
Quando finalmente conseguiram agarrar o vereador com mais firmeza, o cara se debateu todo. Teve momento que parecia que iam rolar no chão. Um dos assessores do vereador até tentou ajudar — ou atrapalhar, depende do ponto de vista — mas acabou sendo carregado junto no pacote.
"É inacreditável", comentou uma senhora que preferiu não se identificar. "A gente vem comemorar a cidade e vê esses mico. Parece briga de torcida organizada."
E as consequências?
Depois da confusão toda, Rômulo Sampaio deu uma declaração meio sem pé nem cabeça. Disse que foi "convidado a se retirar de forma violenta" e que isso foi uma "agressão à democracia". Já o presidente da Câmara, bipeiro Sampaio, soltou uma nota mais arrumadinha, falando em "respeito ao tempo de fala" e "preservação do evento".
O que ninguém esperava era que a festa bonita da cidade — que inclusive homenageou o bumbá, essa paixão local — acabasse com esse gosto amargo na boca. E olha que Parintins já tá acostumada com polêmica, mas normalmente é no boi-bumbá, não na política.
Agora a pergunta que fica: será que essa história vai ter capítulo dois na Câmara Municipal? Porque convenhamos, segunda-feira naquele plenário deve ser daquelas sessões que ninguém quer perder.