
O cenário político do Amazonas ganhou um novo capítulo nesta semana. A professora Jacqueline Pinheiro, até então vereadora em Manaus, está fazendo as malas — literalmente — para trocar de casa legislativa. E não é qualquer mudança: ela deixa a Câmara Municipal para assumir uma vaga na Assembleia Legislativa do Estado.
Parece que o destino gosta de surpresas. A vaga surgiu depois que o deputado estadual Felipe Souza — que tinha sido eleito pelo Republicanos — resolveu abandonar o cargo. Essas reviravoltas políticas são mais comuns do que se imagina, mas sempre causam um rebuliço nos bastidores do poder.
Uma trajetória que inspira
Jacqueline não chegou até aqui por acaso. Com um histórico de lutas que remonta aos movimentos sociais e, claro, às salas de aula, ela construiu uma carreira pautada na defesa ferrenha da educação pública de qualidade. Dizem que seu gabinete na Câmara parecia mais uma extensão da secretaria de educação, tamanha a frequência de professores e estudantes buscando sua ajuda.
E agora, na Aleam? A expectativa é que ela leve essa mesma energia para a arena estadual. "Vou continuar lutando pelos mesmos ideais, mas com mais força e em um palco maior", promete a agora deputada estadual.
O que muda na prática?
Bom, a geometria do poder se altera completamente. Na Câmara Municipal, Jacqueline tinha um foco mais urbano, mais próximo do cidadão manauara. Na Assembleia Legislativa, seu raio de ação se expande para todo o estado do Amazonas — e isso inclui comunidades ribeirinhas, indígenas, e municípios do interior que muitas vezes ficam esquecidos nos corredores do poder.
É como trocar um microscópio por um telescópio: o detalhe perde um pouco, mas o campo de visão aumenta exponencialmente.
- Maior orçamento: Na Aleam, ela terá acesso a verbas estaduais, não apenas municipais
- Alcance ampliado: Suas proposições passarão a beneficiar todo o Amazonas
- Novos desafios: A dinâmica estadual é bem diferente da municipal
Não vai ser fácil, claro. A política estadual tem suas próprias regras não escritas, alianças complexas e jogos de poder que deixariam até o mais experiente dos estrategistas com dor de cabeça.
E a Câmara Municipal?
Com a saída de Jacqueline, abre-se uma vaga no legislativo municipal. Quem vai assumir? Bem, segundo o regimento interno, o próximo suplente do partido dela — o Solidariedade — deve ser convocado. Mais uma mudança no xadrez político local.
Enquanto isso, na Assembleia Legislativa, Jacqueline já deve estar escolhendo sua nova sala e conhecendo os colegas de parlamento. Resta saber: ela conseguirá traduzir sua experiência municipal em resultados estaduais? A resposta — como tudo na política — dependerá de uma complexa equação que envolve habilidade negocial, timing e, claro, uma pitada de sorte.
Uma coisa é certa: os olhos da educação amazonense estarão sobre ela. E a pressão, bem, a pressão vem junto com o cargo.