A Câmara Municipal de Sorocaba aprovou nesta terça-feira (25) o maior orçamento da história da cidade, totalizando R$ 6,016 bilhões para o ano de 2026. O projeto foi votado por unanimidade em segunda discussão, mas traz uma polêmica: redução de quase R$ 15 milhões nos recursos destinados à saúde.
Detalhes do orçamento aprovado
O Projeto de Lei nº 709/2025, enviado pelo Poder Executivo, recebeu 982 emendas antes de ser aprovado pelos vereadores. Apesar do valor total recorde, o setor de saúde sofrerá um corte significativo, passando de R$ 1.122.770.664,00 em 2025 para R$ 1.107.946.629,00 em 2026.
Esta redução representa uma queda de 1,32% no orçamento da saúde, equivalente a R$ 14,8 milhões a menos para atender a população sorocabana. O momento é particularmente sensível, considerando que vereadores mobilizam-se por uma CPI na saúde após o afastamento do prefeito Rodrigo Manga.
Distribuição dos recursos por secretarias
As duas maiores verbas do orçamento municipal ficaram com Educação e Saúde, respectivamente:
Secretaria da Educação: R$ 1.137.929.844,00
Secretaria da Saúde: R$ 1.107.946.629,00
Outras pastas com orçamentos significativos incluem:
Mobilidade: R$ 489,4 milhões
Fazenda: R$ 293,6 milhões
Parcerias: R$ 243,6 milhões
Meio Ambiente e Proteção Animal: R$ 234,7 milhões
Maior aumento vai para Previdência
Enquanto a saúde perde recursos, o Fundo de Seguridade Social de Sorocaba (Previdência) registrou o maior aumento em valor absoluto, saltando de R$ 661,1 milhões para R$ 778,1 milhões. Este crescimento de R$ 116,9 milhões representa uma alta expressiva de 17,69%.
Na administração indireta, destacam-se também:
Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE): R$ 456.393.824,00
Fundação de Seguridade Social de Sorocaba - Saúde: R$ 240.149.065,00
Urbes - Empresa de Desenvolvimento Urbano e Social: R$ 73.565.639,00
O Poder Legislativo, representado pela Câmara Municipal, terá R$ 116.090.000,00 à disposição para suas atividades.
Contexto político e expectativas
A aprovação do orçamento ocorre em um momento de tensão política na cidade, com o afastamento do prefeito Rodrigo Manga e a mobilização de vereadores por uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) destinada a investigar a saúde pública.
A redução nos recursos da saúde certamente alimentará os debates sobre as prioridades da administração municipal, especialmente considerando que se trata do segundo maior orçamento da prefeitura, atrás apenas da educação.
Com a maior verba da história de Sorocaba, a expectativa da população é que os recursos sejam aplicados de forma eficiente, garantindo melhorias nos serviços públicos essenciais. Os próximos meses mostrarão como esta distribuição orçamentária impactará concretamente a vida dos cidadãos sorocabanos.
