Ricardo Nunes descarta candidatura ao governo de SP em 2026 e apoia Tarcísio
Nunes descarta governo SP em 2026 e apoia Tarcísio

Prefeito de São Paulo define posicionamento político para 2026

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), anunciou nesta terça-feira (25) que não pretende concorrer ao governo do estado em 2026, caso o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) dispute a Presidência da República como representante da direita.

Em declarações à imprensa, Nunes foi categórico sobre seus planos políticos: "Não vou ser candidato. Vou concluir meu mandato até 2028. Vou me empenhar na campanha do Tarcísio seja para governador, que é o que ele tem colocado, seja para presidente", afirmou o prefeito.

Foco na continuidade administrativa

Questionado se permaneceria no comando da capital paulista mesmo com Tarcísio em Brasília, Nunes respondeu afirmativamente, mas brincou sobre uma possível mudança: "Eu posso ir para Brasília com ele talvez em 2029, se ele me convidar".

O prefeito demonstrou total apoio ao governador, declarando: "Vou focar relacionado à eleição em dar o meu melhor para que o Tarcísio — ou governador ou presidente — possa ser reeleito ou eleito".

Posicionamento sobre Bolsonaro

As declarações de Nunes ocorreram no contexto de perguntas sobre a situação do ex-presidente Jair Bolsonaro, que está preso e inelegível. No sábado (22), o prefeito já havia se manifestado publicamente em solidariedade ao aliado político.

Ao comentar a tentativa de rompimento da tornozeleira eletrônica por parte de Bolsonaro, Nunes citou questões psicológicas: "É difícil entender o que uma pessoa na idade dele está passando, problemas de saúde... O que eu vi pela imprensa é de que estava sob efeito de medicamento".

Quando pressionado sobre a condição psicológica do ex-presidente, Nunes mostrou-se reticente: "Então, eu vou falar que, em tese, são momentos da vida que ele está passando... Preso, com uma tornozeleira, com a Polícia Federal na porta da casa dele. Eu acho que ninguém nunca viu uma situação dessa".

Sucessão no governo paulista

Sobre quem poderia ser o nome do grupo político para a sucessão de Tarcísio no governo estadual, Nunes mencionou o vice-governador como opção natural: "Acho que a tendência natural é o Felício Ramut. Evidentemente, a gente vai ter que sentar com os partidos, a gente vai ter que dialogar com todo mundo".

O prefeito destacou a qualidade dos nomes disponíveis no espectro político: "O bom é que dentro do nosso espectro político tem bons nomes. Seja ele qual for, a gente vai estar caminhando junto, mas esperando que a gente faça uma grande união, para que tenha uma grande vitória, uma vitória esmagadora aqui em São Paulo".

Solidariedade anterior

No sábado (22), Nunes já havia se manifestado sobre a prisão preventiva de Bolsonaro pela Polícia Federal. Em publicação nas redes sociais, declarou: "Minha solidariedade ao Presidente Bolsonaro que passa por toda essa situação com a saúde debilitada e, ainda assim, sempre cumprindo com suas obrigações, inclusive com a Justiça".

O prefeito questionou a necessidade da medida drástica, argumentando que "agentes da Polícia Federal fazem o monitoramento 24 horas na porta de sua casa, o que faz parecer frágil qualquer argumento de tentativa de fuga".

Na mesma data, Tarcísio de Freitas também se manifestou, classificando Bolsonaro como inocente e afirmando que "tirar um homem de 70 anos da sua casa, desconsiderando seu grave estado de saúde" seria "irresponsável".

As declarações de Nunes consolidam seu alinhamento político com Tarcísio e definem claramente sua atuação no cenário eleitoral de 2026, priorizando a continuidade de seu mandato na prefeitura de São Paulo.