Pedágio na Tamoios: Prefeitura de Mogi busca isenção para moradores da cidade
Mogi pede isenção de pedágio na Tamoios para moradores

Eis uma notícia que vai fazer muitos mogianos respirarem aliviados — ou pelo menos torcerem muito para que dê certo. A prefeitura de Mogi das Cruzes resolveu peitar uma das grandes vilãs do orçamento doméstico: aquela sangria mensal no pedágio da Tamoios.

Pois é, quem mora na cidade sabe bem como dói. Todo mês, aquela despesa fixa que pesa no bolso de quem precisa circular pela região. Mas parece que a coisa pode mudar.

O pedido oficial

Na última sexta-feira, a administração municipal enviou um ofício bem fundamentado para a Artesp — aquela agência que regula os transportes por aqui. A solicitação? Nada menos que a isenção total do pedágio para todos os moradores de Mogi das Cruzes. Sim, você leu direito: total.

O prefeito Caio Cunha (PODE) não ficou de conversa fiada. Ele argumentou, e com certa razão, que os mogianos já contribuem indiretamente para a manutenção das estradas através dos impostos municipais. "É quase como pagar duas vezes pela mesma coisa", comentou um assessor que preferiu não se identificar.

Como funcionaria na prática?

A ideia é simples, mas vai exigir um esquema bem amarrado. Os moradores teriam que se cadastrar — provavelmente através de algum sistema online — e receberiam um identificador veicular. Pode ser um adesivo, um chip, quem sabe até integrado com a tecnologia que já existe.

O interessante é que a prefeitura não quer saber de meias medidas. Não é desconto, não é abatimento parcial. É zerar mesmo a tarifa nas praças de pedágio de Mogi-Jundiapeba e Caraguatatuba. Uma ousadia que, se aprovada, vai fazer história na região.

O que diz a lei

Agora, o jurídico da prefeitura foi esperto. Eles se basearam na Lei Federal 12.996/2014, que já prevê esse tipo de benefício para moradores de cidades lindeiras — aquelas que ficam no caminho das concessões. Só que até agora, poucos municípios tinham coragem de encarar a briga.

"Mogi está mostrando que veio para jogar", analisou um especialista em direito do trânsito que acompanha o caso. "Se der certo, pode criar um precedente importante para outras cidades na mesma situação."

E agora, o que esperar?

A Artesp recebeu o pedido e agora precisa se pronunciar. Não vai ser do dia para a noite, claro. Essas coisas têm trâmite, análise técnica, discussões... Mas o importante é que a semente foi plantada.

Enquanto isso, os moradores ficam na expectativa. Imagine só o alívio no orçamento familiar? O dinheiro que sobraria poderia ser investido em outras coisas — combustível, manutenção do carro, ou quem sabe até aquele jantar fora no final de semana.

É aguardar para ver. Mas uma coisa é certa: a prefeitura mostrou que está atenta às dores do cidadão comum. E isso, convenhamos, já é um bom começo.