
O Procurador-Geral da República (PGR) apresentou, nesta terça-feira (20), um parecer favorável à manutenção da prisão do general Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa do governo Bolsonaro. O documento foi enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), que analisará o pedido de liberdade feito pela defesa.
O que diz a PGR?
Em seu manifesto, a PGR argumenta que Braga Netto representa "risco concreto à ordem pública" e que sua soltura poderia "comprometer investigações" sobre supostos atos golpistas após as eleições de 2022. O órgão citou mensagens e reuniões que indicariam participação ativa do militar em tentativas de desestabilização democrática.
Contexto do caso
Braga Netto está preso desde novembro de 2024, quando o STF determinou sua prisão preventiva na Operação Tempus Veritatis, que investiga o chamado "gabinete do golpe". Ele é acusado de:
- Participar de reuniões que discutiam intervenção militar
- Articular com aliados para anular resultados eleitorais
- Omitir informações sobre planos antidemocráticos
Próximos passos
O ministro relator do caso no STF, Alexandre de Moraes, deve analisar o parecer da PGR nos próximos dias. Especialistas apontam que a decisão pode definir o rumo de outras ações relacionadas ao 8 de Janeiro de 2023.
Enquanto isso, a defesa de Braga Netto sustenta que não há provas concretas contra o general e que sua prisão seria "meramente política". O ex-ministro nega todas as acusações.