Kakay exibe vídeo de agressão de Moro a juíza em audiência
Kakay mostra vídeo de Moro agredindo juíza

Um vídeo que mostra o senador e ex-juiz Sérgio Moro cometendo uma agressão física contra a juíza federal Gabriela Hardt foi exibido publicamente pelo deputado federal Duda Salabert, conhecida como Kakay. O fato ocorreu durante uma sessão da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, reacendendo um intenso debate sobre conduta e violência no meio jurídico e político.

O incidente revelado em vídeo

As imagens, que teriam sido gravadas em 11 de dezembro de 2024, mostram o momento exato da agressão dentro de um fórum. Nelas, é possível ver Sérgio Moro, então juiz da Lava Jato, desferindo um golpe contra a magistrada Gabriela Hardt. A juíza, que atuava como substituta de Moro na época dos fatos, aparece sendo atingida.

O deputado Kakay, ao exibir o material, afirmou que as cenas comprovam um ato de violência por parte de uma figura pública que frequentemente se coloca como paladino da lei e da ordem. A data do incidente, 11 de dezembro de 2024, foi confirmada durante a sessão.

Repercussão e contexto político

A exibição do vídeo ocorreu em um ambiente carregado de tensão política. Kakay, representante do PDT, utilizou a tribuna para questionar a coerência e a integridade moral de Moro, que é hoje senador pelo União Brasil. O episódio coloca em xeque a narrativa construída em torno do ex-juiz e levanta questões sobre a conduta de autoridades no exercício de funções passadas.

A agressão contra Gabriela Hardt, que já era um assunto conhecido em círculos restritos, ganha agora provas visuais e ampla divulgação pública. Especialistas em direito e ativistas de direitos humanos começam a debater as implicações jurídicas e éticas do ato, mesmo anos depois de ocorrido.

Desdobramentos e próximos passos

A revelação pública do vídeo deve gerar uma série de desdobramentos. Espera-se que o caso seja analisado sob a ótica:

  • Ético-profissional: Mesmo não exercendo mais a magistratura, o ato de Moro pode ser revisitado por órgãos de controle.
  • Político: A imagem pública do senador é diretamente impactada, podendo influenciar sua atuação e projetos no Congresso.
  • Legal: Discussões sobre a prescrição ou a possibilidade de novas ações judiciais podem surgir.

A juíza Gabriela Hardt, central no caso, não se manifestou publicamente após a nova exposição do incidente. A situação coloca um holofote intenso sobre a cultura interna do poder judiciário e as relações de poder que nele existem.

O episódio vai além de uma simples desavença pessoal. Ele simboliza as acusações de autoritarismo e métodos questionáveis que sempre cercaram a operação Lava Jato. A agressão física, agora documentada, dá um contorno tangível e grave a essas críticas. A comoção gerada deve pressionar por respostas e, possivelmente, por uma revisão da postura de instituições frente a denúncias de violência entre seus membros.

O caso promete seguir em pauta, alimentando discussões sobre justiça, poder e a real conduta daqueles que ocupam posições de grande influência no país.