Extradição de Carla Zambelli é adiada novamente na Itália; nova data é 18 de dezembro
Audiência de extradição de Zambelli na Itália é adiada

O processo de extradição da deputada federal licenciada Carla Zambelli para o Brasil sofreu um novo adiamento nesta quinta-feira (4). A audiência que ocorreria em Roma, na Itália, foi remarcada para o dia 18 de dezembro de 2025, conforme confirmado por fontes da TV Globo presentes no tribunal.

Novo adiamento e contexto da prisão

A sessão desta quinta-feira seria a primeira dentro do mérito do processo de extradição. No entanto, foi adiada sem que a razão específica fosse divulgada até o momento. Esta é a segunda vez que a data é alterada. Inicialmente, o julgamento estava marcado para 27 de novembro, mas foi adiado devido a uma greve de advogados na qual a defesa de Zambelli participou.

Carla Zambelli está presa na capital italiana, Roma, desde julho de 2025. A Justiça italiana decidiu mantê-la encarcerada durante todo o trâmite do processo de extradição, por entender que existe um alto risco de fuga. A deputada, que possui cidadania italiana, deixou o Brasil em maio, passou pelos Estados Unidos e depois se mudou para a Itália.

Condenação no Brasil e pedido de extradição

Zambelli é considerada foragida da Justiça brasileira. Ela foi condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 10 anos de prisão pelos crimes de invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Após a condenação, ela deixou o país.

Antes das audiências sobre o mérito da extradição, a parlamentar já havia comparecido a um tribunal romano em outras ocasiões. Essas sessões anteriores tratavam de um pedido da defesa para que ela aguardasse o julgamento em liberdade, pedido que foi negado pela Justiça italiana.

Defesa e próximos passos

Após ser presa, Carla Zambelli declarou que deseja ser julgada pela Justiça italiana. Ela afirmou que vai provar que não tem envolvimento na invasão ao sistema do CNJ. O caso agora segue para a nova data de 18 de dezembro, quando a corte de apelações de Roma retomará a análise do pedido de extradição feito pelo governo brasileiro.

O desfecho desse processo judicial internacional será decisivo para definir se a deputada cumprirá a pena de dez anos de prisão determinada pelo STF em solo brasileiro ou se permanecerá sob jurisdição italiana.